domingo, 28 de agosto de 2011

A LEI TRIPLICE


A Lei Tríplice ou Lei de Três, comumente usada na Religião Antiga, é a única lei desta religião, que dita: "Tudo o que fizeres voltará em triplo para ti", sendo aplicada tanto na própria execução da mesma, quanto nos aspectos gerais da vida. Normalmente, o bruxo e a bruxa praticante da Religião Antiga usa esta regra no dia-a-dia, associando-a a um meio de vida. Se você der amor, terá amor triplicado. Se enviar negatividade, terá negatividade triplicada.

Uma bruxa (o) tendo em mente a Lei Tríplice, ou Lei de Três, tem consciência dos seus atos para não praticar algo prejudicial a outra pessoa ou ambiente, pois este sabe que receberá a consequência de seus atos triplicado. A Lei Tríplice é a "lei da magia" mais famosa que existe na comunidade da bruxaria, pois esta "limita" os praticantes de cometerem atos ilícitos a si e aos outros. Ligada a esta, está a Lei de Ouro: "Faze aos outros o que queres que te façam", lembrando uma menção famosa: "Ame o próximo como ama a ti mesmo"


"Tudo aquilo que é feito para o bem ou para

o mal,retorna triplicado para nossa vida e nesta

reencarnação"!

Esta é uma lei básica e forte,

da religião Antiga".


A Lei Triplice, é aplicada tanto nos rituais mágicos. A Lei Triplice ou a Lei de Três, é uma lei de reflexo, uma lei karmica de retribuição, que se aplica a qualquer ação, seja ela boa, seja ela má. Cada energia enviada regressa a quem a enviou (nesta mesma vida) com mais força, seja três vezes mais.

Tal lei em nada impede de exercer a magia, apesar de se entender que a magia por definição é o poder de alterar o estado natural das coisas. Você pode perfeitamente agir magicamente no cotidiano, sem causar mal. A Lei triplice é uma noção ética da magia, é um limite moral, ainda que pessoal, ao lidar com os poderes mágicos: exercer a magia, viver a magia, fazer da magia o seu “way of life”, dentro de certos limites toleráveis. A intenção inicial, ao atuar magicamente deverá então ser positiva e construtiva.

Outras regras da religião antiga derivadas desta principal serão: “faça o que quiser, desde que para o bem”, “faça o que quiser desde que não cause mal a nada nem a ninguém”. Não existe um mal absoluto. Mas existem coisas indiscutivelmente ruins pelo senso comum: matar, privar de liberdade, causar danos físicos e emocionais a qualquer pessoa. Será a este tipo de “males” que a lei se refere. 


Esta lei vem sendo debatida há muitos anos na comunidade da Religião Antiga, principalmente porque com o crescimento desordenado da religião muitos grupos foram atribuindo aleatoriamente significados e interpretações distintas a lei, tornando-a ora muito lógica ora absurda.

Na Religião Antiga aprendemos que a liberdade é importantíssima para o nosso desenvolvimento, quando falamos em leis alguns não compreendem e por algum motivo consideram essas regras castradoras de suas liberdades, com isso as negligenciam e/ou deturpam. Agir assim, demonstra falta de maturidade e profundidade no estudo e vivencia da fé . Digo isto por que ao compreender as leis que regem o universo e os mistérios que envolvem nosso ‘poder bruxo’ agir corretamente perante essas elas tende a nos libertar cada vez mais dando-nos ainda mais poder de ação, seja na magia seja no culto.


A lei tríplice, portanto, equivale à universal “lei do retorno” ou “lei da causa e efeito” onde nossas ações sempre geram reações. Porém nessas leis o retorno é equivalente, não existe nenhum mecanismo que propicie uma ampliação desse retorno como a lei tríplice supõe. Então como a compreender? Por que é dito que o retorno se dará triplamente? Uma interpretação inicial diz que ao levar em conta a simbologia do número três esse retorno é triplo porque pode e invariavelmente vai nos atingir em diferentes graus. Ou seja, pode nos atingir quando formos JOVENS , maduros ou velhos, pode nos atingir no físico, no emocional ou no ESPIRITUAL (ou nos três casos) e assim sucessivamente, enfim, nos atingirá de alguma forma na totalidade de possibilidades.


Nisto outras leis/crenças da Religião Antiga surgem e agem paralelamente a lei tríplice como a crença da Grande Teia/Rede. Mas será que acaba por ai? Será que a lei tríplice é apenas uma forma bonita de dizer que o retorno se dá em diferentes graus e possibilidades?

Tríplice: gen triplo (o produto de um número multiplicado por três).

Entre outras religiões a Lei Tríplice também é chamada de Lei Bumerangue ou de Eco do universo, mas na BRUXARIA ela se baseia no princípio de que tudo o que fizermos retornará 3 vezes maior do que fizemos inicialmente.

Se a associarmos as outras duas leis que também contém o mesmo contexto, vamos assemelha-lá a lei natural de "Causa e Efeito", onde toda a ação ou falta de ação tem um reflexo.
Para nós bruxas (os) ela está relacionada com a conduta de "boas" ou "más" ações e com o seu resultado em conseqüência, quantificado por um "valor".

Mas o que seriam "boas" e "más" ações? No próprio nome temos a palavra"lei", que na sociedade é um conjunto de regras que regula todos que estão sobre a égide de normas para regular condutas humanas.


O número três, de "tríplice", por alguns pesquisadores, está relacionado a representação da Deusa trina e una, nos seus aspectos de apresentação para nós como Donzela, Mãe e Anciã, para outros, as três fases celebradas com magia da Lua (Crescente, Cheia e Minguante).

Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer irá se refletir em nosso corpo, mente e espírito. Uma ação, por mais simples que seja reflete em nosso fisíco, nosso psicológico e em nossa evolução ou regressão espiritual.

A Religião Antiga é conhecida por ser uma religião

não-dogmática e não-doutrinária. Mas nem

por isso deixa de ter alguns princípios que a

regem. Desses princípios, dois se destacam:

O Dogma da Arte (ou Conselho da Religião Antiga) e a

Lei Tríplice (ou Lei do Retorno Triplo).

São dois princípios muito importantes a

que a (o) bruxa (o) deve estar sempre atento.

A Religião Antiga não prega nenhuma regra moral de conduta. Não diz que as pessoas queimarão no Inferno por algum motivo. Na nossa religião não há mandamentos a serem seguidos e que, se não seguirmos, ‘não iremos para o Céu". O Bem e o Mal não são definidos por duas entidades inimigas: Deus e o Diabo. Não há regras tão definidas para definí-los. O que pode parecer bom a alguém pode parecer mal a outra pessoa e quem pode julgar quem está certo? Para a Religião Antiga, é o próprio indivíduo que julga os seus atos e não uma divindade superior ou uma hierarquia religiosa (que não existe na Religião Antiga , uma religião com pouca ou nenhuma hierarquia). 

Desse modo, não definimos o "mal" por aspectos morais, que não são nunca verdades perenes, mas apenas convenções sociais aceitas pelas massas. Algo ruim é simplesmente o que desrespeita a segunda parte do Dogma da Arte: "desde que não prejudique a nada nem ninguém". 

O que interferir negativamente na vida de outra pessoa é punido pelo Universo. O que não interferir, não é punido. O que favorecer a vida de terceiros abençoará a vida daquele que fez o fazer. O que não favorecer, não será abençoado. Quaisquer outros atos que não interfiram na vida de ninguém não são sequer julgamos, pois não há necessidade. Todos os seres são providos de livre-arbítrio para seus atos, tendo a liberdade de optar pelos caminhos a serem enveredados. 


Devemos sempre respeitar as opiniões alheias e jamais interferir. Todo conselho dado deve ser mensurado de maneira que não altere o caminho da pessoa. Acreditamos que devemos ser ótimos ouvintes, o que já é uma grande ajuda, mas jamais alterar aquilo que a pessoa deseja fazer.

Portanto, não se deve por causa da Lei Tríplice "temer e obedecer aos Deuses" ou qualquer coisa parecida. Deve-se é assumir a responsabilidade pelos seus atos e as suas conseqüências. O resto... é o resto. E não importa.


O último ponto a ser esclarecido sobre a Lei Tríplice é o fato de que tudo o que nós fazemos retorna a nós nesta encarnação. Comumente, na Religião Antiga , não se acredita em karmas de vidas passadas. O pensamento é o do aqui se fez, aqui se paga. Uma nova vida é uma nova vida e não se deve nada. Todos nascem já abençoados. O seus atos nesta encarnação é que irão definir o que se receberá em troca e não os atos de outras encarnações.

Entretanto, não são todos os (as) bruxos (as) que concordam com essa afirmação. Há quem acredite que em karmas de vidas passadas e que aqui pagamos (ou recebemos) pelo que fizemos em outras encarnações. Ninguém será condenado se pensar assim. Cada indivíduo é livre para resolver essa questão de acordo com o que pensa, sente, estuda etc. Liberdade de pensamento é, com certeza, um dos ícones da Religião Antiga.


Mas isso não importa. Acredite-se nesse pensamento ou não, uma coisa é certa: não se deve ficar lamentando a sua vida e jogando a culpa em karmas de vidas passadas. O que importa é o presente e o que faremos com ele. E se passamos por dificuldades é para que nos fortaleçamos ao superá-las. Nada no Universo é imposto simplesmente "porque sim".

Mas não fique paranóico com essas "regras" da Religião Antiga. Quebrá-las uma vez ou outra não fará com que você queime no fogo do inferno. O Dogma da Arte e a Lei Tríplice não existem para meter medo em ninguém – são, isso sim, metas a serem alcançadas. Tenha-as sempre em mente no seu dia-a-dia. E se alguma vez pisar na bola, não se martirize demais. Apenas prometa a si mesmo que não fará mais aquilo. E viva melhor.


Lei Triplice:

A Lei Wiccana respeita,
Perfeito amor, confiança perfeita.
Viva e deixa viver,
Dá o justo para assim receber.
Três vezes o círculo traça
E assim o mal afasta.
E para firmar bem o encanto
Entoa em verso ou em canto.
Olhos brandos, toque leve,
Fala pouco, muito ouve.
Pelo horário a crescente se levanta
E a Runa da Bruxa canta.
Pelo anti-horário a minguante vigia
E entoa a Runa Sombria.
Quando está nova a lua da Mãe,
Beija duas vezes Suas mãos.
Quando a lua ao topo chegar,
Teu coração se deixará levar.
Para o poderoso vento norte,
Tranca as portas e boa sorte.
Do sul o vento benfazejo,
Do amor te traz um beijo.
Quando vem do oeste o vento,
Vêm os espíritos sem alento.
E quando do leste ele soprar,
Novidades para comemorar.
Nove madeiras no caldeirão,
Queima com pressa e lentidão.
Mas a árvore anciã, venera,
Se queimares, o mal te espera.
Quando a Roda começa a girar
É hora do fogo de Beltane queimar.
Em Yule, acende tua tora,
O Deus de chifres reina agora.
A flor, a erva, a fruta boa,
É a Deusa que te abençoa.
Para onde a água correr,
Joga uma pedra para tudo ver.
Se precisas de algo com razão,
À cobiça alheia não dá atenção.
E a companhia do tolo, melhor evitar,
Ou arriscas a ele te igualar.
Encontra feliz e feliz despede,
Um bom momento não se mede.
Da Lei Tríplice lembre também,
Três vezes o mal, três vezes o bem.
Quando quer que o mal desponte,
Usa a estrela azul na fronte.
Cultiva no amor a sinceridade,
Para receber igual verdade.
Ou um resumo, se assim preferes estar:
faz o que tu queres,
Sem nenhum mal causar. 

Selma -3fasesdalua


sábado, 27 de agosto de 2011

CAVALEIROS DA TAVOLA REDONDA



Os Cavaleiros da Távola Redonda, segundo a lenda, foram os homens premiados com a mais alta ordem da Cavalaria, na corte do Rei Artur. A Távola Redonda, ao redor da qual eles se reuniam, foi criada com este formato para que não tivesse cabeceira, representando a igualdade de todos os seus membros. 



Arthur fixou residência em Camelot e ali esperou Guinevere, que veio acompanhada por 100 Cavaleiros da Irmandade da qual trouxeram consigo a Mesa Redonda.

Desde cedo, tanto Arthur quando Merlin perceberam que a jornada para atingir uma meta – a unificação da Bretanha – não seria nada fácil se Arthur não atraísse para si poderosos aliados. Não pessoas influentes, mas gente. Pessoas dispostas a fazê-lo. Para realizar não bastava apenas querer, é necessário fazer.

Aproveitando o presente de casamento da Távola Redonda por intermédio do rei Leodgranz – que era de seu pai, o rei Uther anteriormente – Arthur chamou os melhores cavaleiros de sua época para sentarem-se ao redor dela, que seria conhecida como a mais importante confraria de cavaleiros de todos os tempos, inspirando muitos outros ideais, inclusive os Templários. Não havia um lugar de destaque, uma cabeceira aonde alguém pudesse sentar-se e fazer-se diferente. Pois todos somos iguais, quem conota nossa importância somos nós mesmos, positiva ou negativa.

"Nada acontece em torno de você se não houver sua permissão de alguma forma, ainda que inconsciente."


No centro, existe uma rosa branca de cinco pétalas, rodeada de outra rosa similar de cor vermelha, e na volta existe uma inscrição em letra gótica, que diz: "Esta é a Mesa Redonda do rei Arthur e de seus XXIV valentes Cavaleiros". Da parte superior da rosa, levanta-se um trono baixo, em cujo dossel está sentado um rei que segura em suas mãos os símbolos de seu poder: uma Espada na direita e um globo do Mundo coroado por uma Cruz de Malta na esquerda. Nos lados existe uma inscrição: "Rei Arthur". Ao redor do trono, partindo do centro, têm 24 divisões, 24 setores, cada um dos quais leva o nome de um Cavaleiro.

A Mesa - ou a Távola - existia em 1522, quando por ordem do rei Henrique VIII suas divisões foram pintadas com as cores da Casa Real Tudor: branco e celeste. Se temos em conta o espaço ocupado pelo trono, a Távola fica dividida em 26 partes, número cabalístico que corresponde ao nome de Deus: "IHVH". Corresponde também ao arcanjo do "Prodígio", que pode representar a ação do tempo como justiça e poder de manifestação. Indicaria, assim, um Reinado de Justiça conforme a ordem universal, cujo rei, Arthur, seria assistido por 24 Cavaleiros.

A primeira vez em que se reuniu a Irmandade da Távola Redonda foi no dia do matrimônio de Arthur e Guinevere, e assim começou o maior ideal da cavalaria. 


Contudo, existia um lugar vago, o chamado assento do perigo, que viria mais tarde a ser ocupado pelo mais valoroso de todos os cavaleiros. Servia para lembrar a todos uma lição de humildade. O sucesso é a meta, mas a manutenção dele é a renovação de um compromisso. Que adiante sermos os melhores em uma área ou determinada função se não existir a competição, uma possibilidade de ser superado? Não haveria novas conquistas, novos limites, muito pelo contrário, viria a acomodação e o ostracismo. Devemos melhorar sempre, alcançar todos os limites e viver buscando uma forma de superá-los. Todos reunidos, sob a tutela de Arthur, juravam um a um, defender os mais fracos, auxiliar damas em perigo, em suma, os ideais de cavalaria como hoje conhecemos, graças muito a essas lendas. E eis que surge o primeiro dos testes: Merlin, de forma jocosa, indaga a validade de tais juramentos, os quais não faziam nem mesmo idéia do que se tratava. 



As lendas contam que numa primavera, enquanto todos estavam sentados, entrou um cervo branco perseguido por um cachorro branco e, junto, cinqüenta casais de cachorros de caça negros. Enquanto corriam em torno da mesa, o cachorro branco mordeu o cervo, que, dando um salto, derrubou um Cavaleiro que estava sentado a seu lado. Esse homem pegou o cachorro e saiu correndo, e nesse instante entrou uma dama cavalgando pela sala, e exigiu que o trouxessem de volta, pois aquele cachorro era de sua propriedade. Antes que alguém pudesse responder, um Cavaleiro com suas armas entrou a cavalo e expulsou a dama.

Esses acontecimentos foram presenciados com um misto de prazer e medo. Mas Merlin, nesse momento, aproximou-se e declarou que a Irmandade "não podia abandonar com tanta rapidez suas aventuras". Desse modo, Arthur enviou seus dois novos Cavaleiros, Sir Gauvaim e Sir Thor, na perseguição do cervo branco e do cachorro, respectivamente, e Sir Pellinore em perseguição da dama que havia sido raptada. Esse incidente provocou várias aventuras que foram narradas sempre de maneira similar, ou seja, com a entrada de um Cavaleiro ou de uma dama na corte, solicitando auxílio ou algum favor do rei Arthur e da Irmandade. 


Eles não podiam negar, desde que a petição fosse justa. Mas a partir desse episódio a Irmandade da Távola Redonda pronunciou um juramento: "Nunca cometer ultraje ou assassinato; fugir sempre das traições; não ser de forma alguma cruel, mas conceder clemência àquele que a solicite; estar sempre ao lado do seu rei Arthur; auxiliar sempre as damas e senhoras. Que nenhum homem inicie uma batalha por motivos injustos ou por bens terrenos".

Todos os Cavaleiros da Távola Redonda prestaram esse juramento, e a cada ano era renovado na festividade de Pentecostes ou a Festa da Colheita.

Outro recado dado por Arthur a todos nós:

"Cuidado com o que você fala. Mais importante que ouvir o que os outros dizem, é ouvir primeiro a sua voz."



Quando determinamos novos projetos, novas metas, é comum comentarmos isso com alguém mais íntimo, com naturalidade. Todavia, conforme o tempo passa, muitas vezes somos obrigados a mudar nossos planos e mudar um pouco de curso, mas não de objetivo. Para alguém não ciente, dá-se a impressão que você não está indo a lugar nenhum. O mundo presta atenção no que você diz. Desejamos atingir uma meta e contando isso em palavras, ele vai te proporcionar as condições para tal. Mas, se você, por alguma razão mudou de opinião e necessita de outra coisa, mas não se fez ciente disso, o mundo – principalmente as pessoas mais próximas – continuarão a te ajudar naquilo que você já até esqueceu, ou seja, está perdendo preciosa ajuda que poderia te conduzir a um êxito mais rápido.

Ninguém tem obrigação de ler nas entre linhas do que dizemos. Se manifestarmos desejo de comer, mas não especificarmos que queremos comer determinada coisa, nos darão qualquer coisa para saciar nossa fome. E a culpa não será de quem te ouviu, afinal, o que você falou?

"Aprenda a se expressar. Uma boa comunicação faz milagres"


Então, no meio de toda aquela festa, Arthur e os demais faziam votos e juras para toda a Bretanha... ou faziam para seus próprios egos? Merlin neste caso chama a atenção para quem juraram defender, o povo do lado de fora do castelo, que olha para dentro de suas muralhas e os encara como predestinados a triunfar, não somente por cada um deles, mas em glória de toda uma nação. São várias mentes, conceitos completamente distintos os quais juraram defender, e cada um deve ser respeitado, ainda que não compreendido pelos cavaleiros. Foi o primeiro de muitos testes assim. A cada um deles, com sucesso ou fracasso, cada cavaleiro tinha uma lição a prender.


Por ajuda de Merlin no assunto, Arthur encaminhou Sir Pellinor para ir em busca da dama e do seu raptor; Sir Tor, seu filho, iria em busca do cão de caça branco, enquanto Sir Gawain, sobrinho do rei iria atrás do cervo branco. Ao fazê-lo, complementou Merlin:

"Esses três cavaleiros receberão importantes lições de vida antes de seu retorno, e a experiência que irão adquirir fará deles os mais sábios."

As regras, apesar de serem simples, dependiam dos ideais da cavalaria que muitas vezes acreditava não ser necessário colocá-los em palavras. Nem todos os Cavaleiros cumpriram essas exigências impostas por seu rei, mas sempre souberam manter a honra à Távola Redonda e à sua existência. 




O rei Arthur criou um costume de que seus Cavaleiros sempre contassem alguma aventura no início de algum banquete, e dessa forma, criou-se uma pauta de comportamento. Todos os Cavaleiros "andantes" marchavam em busca de aventuras. A maior parte das aventuras da Irmandade ocorreu nas densas florestas.

Os bosques simbolizavam um mundo não civilizado, mas também representavam um estado mental, um lugar que se procuraria alcançar. Os bosques também faziam parte do "Outro Mundo", uma vasta extensão inexplorada situada nas fronteiras entre o mundo da Terra Média e os domínios do País das Fadas. Eram lugares impregnados de encantamentos e somente àqueles que fossem resolutos era permitido encontrar aquilo que se haviam dispostos a buscar. De suas profundezas surgiam fadas encantadoras que seduziam os Cavaleiros errantes, mesclando, dessa forma, a linhagem do "Outro Mundo" com a da Irmandade. Nem todas essas mulheres encontradas nos bosques eram gentis de aparência e de palavra.

Ragnall, um dos muitos arquétipos da Deusa da Terra, que lhe outorga a soberania, tomou a forma de uma dama de aparência monstruosa, que com suas artimanhas conseguiu que o próprio rei Arthur prometesse lhe dar Sir Gauwain como marido. Posteriormente, ela recobrou sua verdadeira beleza graças ao amor e à compreensão de Gauwain. 


Segundo algumas lendas, nos reinos celestiais se reunia um conselho de poderosos seres encarregados da execução dos desígnios divinos para a Criação. Dessa forma, Merlin construiu um templo circular sobre a Távola da Terra, criando uma relação entre os domínios estelares, a monarquia terrenal de Arthur, a qualidade sagrada da Terra com as mensagens e Mistérios do Graal e a Irmandade da Távola Redonda, que estava destinada a ir em busca do cálice sagrado.

A mais famosa aventura dos Cavaleiros da Távola Redonda foi a busca pelo Santo Graal, achado por Sir Galahad.

Há uma mesa exposta no Castelo Hall em Winchester que teria sido a famosa Távola Redonda, no entanto, esta é datada apenas do século XIII.


A Távola Redonda teria apenas 12 ou 24 cavaleiros. No entanto, nas várias histórias e versões das lendas, aparecem referidos como cavaleiros mais de uma centena de nomes, dos quais, estes são os mais famosos:

Accolon (Marido de Morgana)
Boors (Rei de Gaunes (Gália), irmão de Leonel, primo de Lancelot e de Heitor. Um dos que chegou ao fim da busca do Santo Graal.
Constantino (Tornou-se rei após a morte de Arthur).
Gawain (Sobrinho de Arthur).
Gingalain (Filho de Gawain).
Kay (Irmão adotivo de Arthur, um dos primeiros personagens a figurar na coroação deste rei).
Lancelot do Lago (Filho do Rei Ban, meio-irmão de Heitor e Pai de Galahad. Criado por Viviane num lago. Apaixonado por Guinevere).

Código de Cavalaria - Sir Thomas Malory descreve o Código dos Cavaleiros como:

1 - Buscar a perfeição humana
2 - Retidão nas ações
3 - Respeito aos semelhantes
4 - Amor pelos familiares
5 - Piedade com os enfermos
6 - Doçura com as crianças e mulheres
7 - Ser justo e valente na guerra e leal na paz


Usando as fontes de que dispunha, como os escritos de Gildas, a tradição oral bretã e gaulesa, Geoffrey fez o impossível: traçou a genealogia de todos os reis da Inglaterra desde 1100 a.C. Entre eles, Arthur despontou como um dos mais importantes monarcas da Bretanha.

O monge Nennius conta 12 grandes vitórias de um líder corajoso e inteligentíssimo chamado Arthur, que teria colecionado vitórias sobre os saxões, culminando com o triunfo em Monte Badon.

No grande Átrio do Castelo Real de Winchester (antiga Inglaterra), está suspensa na parede a távola redonda do rei Arthur, com seis metros de diâmetro e o peso de uma tonelada. A távola redonda contém os nomes dos cavaleiros do rei. A peça central da corte de Artur fora a Távola Redonda que simbolizava a expansão do poder e da glória por todo o Mundo. Em termos reais era muito mais do que isso.


A existência de uma força em prol da harmonia e da fraternidade. Era um antídoto contra a inveja, a ambição, a ânsia da supremacia e do poder – defeitos humanos que caracterizavam a mentalidade na Idade Média.

Em 1976, a távola redonda foi alvo de uma extensiva investigação científica, até então a távola teria sido datada pelo carbono 14 como existente desde 1463 e provavelmente pintada pelo rei Henrique VIII em 1522.

Agora, com a tecnologia mais avançada, o método do radiocarbono (carbono 14), e o estudo da carpintaria prática mais especializada foi revelado que a távola redonda foi construída em 1270, no início do reinado do rei Edward.


Sabe-se que o rei Edward tinha grande interesse pelas histórias arturianas e teria ido a Glastonbury junto com sua consorte Lady Eleanor para celebrarem a Páscoa e ir também na abadia, onde ordenou que abrissem o túmulo de Arthur.

A Távola Redonda sabe-se, que provavelmente fora usada em muitos torneios que o rei Edward gostava de realizar.

As lendas arturianas adaptavam-se bem aos ideais das cruzadas e da cavalaria que despontaram nos séc. XI, XII e XIII. Os cavaleiros de Artur serviam de modelo a todos os guerreiros como cruzados triunfantes em busca do Santo Graal, o cálice utilizado por Jesus Cristo na última ceia.

Mas a crença de que o rei não morreu e regressará com os seus cavaleiros, a fim de retomar a luta contra os males do mundo continua viva...







quinta-feira, 25 de agosto de 2011

OS GUARDIÕES


Por milhares de anos, historiadores, antropólogos e arqueólogos, tem encontrado artefatos e documentos que comprovam a existência dos Guardiões.

Eles são citados em todas as religiões, e se apresentam de várias formas.

A importância deles na história do mundo é muito importante. Se acredita que eles são os únicos seres que conseguem viver entre os dois mundos e estão cada vez mais presentes dentro da nossa história.

Os guardiões qualquer que seja o nome cultural empregado, já eram conhecidos na antiga Mesopotâmia muita antes dos celtas ou italianos virem, a saber, da sua existência.

Os guardiões formam um conceito comum a maioria das tradições mágicas, apesar de serem vistos de modo diferente pelos diversos sistemas de magia.


O conceito mais antigo dos Guardiões, datado dos Cultos Estelares, na antiga religião, estes seres eram chamados de Grigori, particularmente para as bruxas tanárricas, que são conhecidas como “Bruxas das Estrelas”. A Tanarra preservou os antigos Mistérios Estelares, e é através de seus ensinamentos, que poderemos ter um entendimento melhor de quem os Guardiões/ Grigori realmente são.

Nos antigos Cultos Estelares da Pérsia haviam quatro estrelas “reais” (conhecidas como “Senhores”) que eram chamados de Guardiões. Cada uma destas estrelas reinava sobre um ponto cardeal. A antiga forma ritual dos Guardiões eram feitas com a invocação no momento de fechar o círculo mágico. Há uma ligação definitiva entre os “poderes” das bruxas e a “visão” dos Guardiões. Assumir a posição do Guardião é invoca-lo dentro de sua Psique. 


A estrela Aldebaran, quando marcava o equinócio de Primavera, tinha a posição do Guardião do Leste; Regulus, marcando o solstício de verão, era o Guardião do Sul; Antares, marcando o equinócio de outono, era o Guardião do Oeste; Fomalhaut, marcando o solstício de inverno, era o Guardião do norte.

As torres foram construídas como símbolos dos Guardiões para que fosse feita sua adoração e também para propósito de invocação. Durante o “Rito de Chamada”, estes símbolos eram traçados no ar, usando tochas ou as varinhas e os nomes secretos dos Guardiões eram chamados.


Na bruxaria italiana, estes seres antigos são Guardiões dos Planos Dimensionais, protetores do círculo mágico e eram testemunhas dos ritos. Cada um dos Grigori tem uma “Torre de Observação” que é um portal marcando cada um dos quadrantes do circulo mágico. No conhecimento das bruxas italianas as estrelas eram vistas como os campos das legiões dos Grigori. No mythos, eles eram os Guardiões das Quatro Entradas para os Reinos de Áster, que era o local da morada dos deuses na mitologia da Stregheria.

Para que se realmente entenda os Grigori, precisamos olhar para seu papel na bruxaria como uma religião. Nosso primeiro encontro com eles é no momento de fechar o circulo para fazermos nossos ritos. Os Guardiões são chamados, ou invocados, para guardar o círculo e testemunhar o ritual.


Os Elementais são os protetores dos homens e doa animais. Eles tem uma missão, a de estimular as forças do universo. Isso mesmo, são eles que governam os quatro elementos: Terra, Água,Fogo e Ar.

Eles trabalham para a natureza permaneça em equilíbrio,os elementais podem assumir varias formas num piscar de olhos, mas quando se fazem visiveis geralmente assumem formas padrões humanos de Camponeses Medievais por causa da Egrégora que se criou em torno deles.

Os povos da Europa costumavam fazer oferendas aos elementais que protegiam o lar. Os Elementais são protetores da Flora e da Fauna, e são inimigos daqueles que fazem mal aos mares, rios e florestas.

Elementais da Água: Ondinas
Elementais da Terra: Gnomos
Elementais do Ar: Silfos
Elementais do Fogo: Salamandras 


Muitos me perguntam o que é um guardião?

Bem, o mais natural de termos como resposta é que são aqueles que guardam algo, ou algum lugar.O que é verdade, mas ser guardião vai muito mais além do que esta única informação.

Primeiro que para um estudante chegar a ser um guardião depende de muito empenho e dedicação, pois para isso você tem que ter doutrina, levar seus estudos a sério e com empenho e principalmente não ter medo de praticar e exercitar seus poderes.

A doutrina de um Guardião, além de depender de muitos estudos, sobre os mistérios do ocultismo, também tem que contar com um certo grau de obediência, pois ao guardião só cabe obedecer, proteger e não julgar.


Ter o Ofício de representar um cargo, é uma postura séria e de muito merecimento, por isso, um dos primeiros passos de todo guardião é meditar sobre si mesmo, saber seus limites e conhecer seus pontos fracos de personalidade e conduta, buscar melhorá-los através da vigilia constante em suas ações e palavras, conectar-se com as energias primordiais, buscar à fundo primeiramente a energia ELEMENTAL , a ponto de dominá-la por completo e ter o total equilíbrio desta energia em seu corpo.

O próximo passo, é ter a pratica da meditação, buscar conhecer o espiritual, sem medo, assim desvendar suas características e suas funções no Astral, pois todo guardião presta serviços a uma hierarquia maior, e com a meditação facilita muito o processo de conhecer para quem seus serviços são prestados e quais os seus deveres a cumprir.

Os Guardiões também foram treinados para guardar as suas Sacerdotisas, papel este que é fundamental para ela poder assim fazer a sua função para qual foi predestinada na sua vida.

Nos tempos dos druidas eles eram escolhidos pela  Grande Sacerdotisa e somente a ele era confiado a guarda dela. Sendo assim a expressão de que dois corpos se unem em um só foi dada através desta escolha.


Neste mundo, a deusa é vista na lua, aquela que brilha na escuridão, aquela que traz a chuva que move as marés, a senhora dos mistérios.

E, enquanto a lua cresce e mingua, e anda três noites no seu ciclo da escuridão, diz-se que a deusa, certa vez passou três noites no reino da morte.

Pois, no amor, ela sempre busca seu outro self e, uma vez no inverno do ano em que ele havia desaparecido da TERRA verde, ela o seguiu e chegou, finalmente, aos portões além dos quais os vivos não entram.

O guardião do portão desafiou-a e desnudou-se de suas roupas e jóias, pois nada pode ser levado para aquela terra.

Por AMOR ela estava ali confinada como todos os que ali penetram, e foi conduzida à morte. 


Ele a amava e ajoelhou-se a seus pés, deu-lhe o beijo quíntuplo e disse: Não retorne ao mundo dos vivos, mas permaneça aqui comigo e tenha paz, descanso e conforto. Mas ela respondeu: Por que você faz com que todas as coisas que amo e prezo murchem e morram? -Senhora - disse ele -É destino de tudo que aquilo que vive morrer. Tudo passa, tudo se esvai. Eu trago CONFORTO e consolo para aqueles que cruzam os portões, para que possam rejuvenescer, mas você é o desejo do meu coração, não volte, fique aqui comigo.


E ela ficou com ele durante três dias e três noites, e ao final da terceira noite, ela colocou sua coroa, que se tornou o diadema que ela colocou em seu pescoço, dizendo: -Eis o circulo do renascimento. Através de você todos saem da vida, mas através de mim todos podem renascer novamente. Tudo passa tudo muda. Mesmo a morte não é eterna. O Meu é o mistério do ventre, que é o caldeirão do renascimento. Penetre em mim e me conheça e estará liberto de todo o medo. Pois se a vida é somente uma passagem para a morte, a morte é somente uma passagem de volta para a vida e em mim, o círculo sempre gira.

Amorável ele penetrou-a e assim renasceu para a vida. 


No entanto ele, é conhecido como senhor das sombras, o confortador e consolador, aquele que abre os portões, rei da TERRA da juventude, o que dá paz e descanso.

Mas ela é a mãe de toda a vida; dela todas as coisas nascem e para ela devem retornar novamente.

Nela estão todos os mistérios da morte e do renascimento; nela encontra-se a realização de todo o amor.

Esta é uma das histórias que são contadas nos tempos de uma das vidas do Guardião e da sua Sacerdotisa.

Por vários anos encontraremos varias passagens da vida deles.

Na religião romana arcaica,os espiritos guardiões conhecidos por Lare eram adorados nas encruzilhadas,onde pequenas torres eram erguidas;colocava-se um altar em frente das torres e faziam-se oferendas aos Lare.Os Lare eram originalmente espiritos da natureza dos campos,derivados do espirito Lasa dos etruscos.Mais tarde eles se tornaram espiritos de demarcação, associados á proteção e aos ritos sazonais. 


Os Guardiões são citados no livro “Aradia o Evangelho das Bruxas”. Neste livro encontramos o seguinte trecho: “Então Diana dirigiu-se aos pais do inicio, às mães, aos espíritos que existiam antes do primeiro espírito...”. Estes espíritos são os chamados de Grigori na Itália, também conhecidos como os Guardiões, e em outras tradições são chamados os Antigos.

Os Guardiões formam uma antiga raça que evoluiu para além das necessidades da forma física. Segundo algumas tradições, eles viviam, há um tempo, sobre a terra e pode muito bem ser a origem da lenda da antiga Atlântida ou da Lemúria. Em algumas lendas, diz-se que os Guardiões teriam uma ligação com o Antigo Egito. Nos mitos de iniciação egípcia, uma das frases-chave para acessar o templo era: “Apesar de ser um filho da Terra, minha raça vem das estrelas”. 


Este texto é dedicado ao meu Grande Guardião Marcos a mais de 300 anos escrevemos a nossa historia.

 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ARADIA A GRANDE SACERDOTISA




Aradia (Herodias) é uma das personagens mais importantes da Stregheria (Bruxaria Italia), chamada de Strega Sagrada, nasceu em 11 de Agosto de 1313 d.C. em Volterra, Toscana, região Norte da Itália.

As tradições e folclore da Bruxaria Italiana contam que Aradia foi enviada a Terra por sua mãe Diana, a Grande Deusa das Bruxas e Fadas, para que ela ensinasse a Bruxaria aos homens e trouxesse o reflorescimento da Antiga Religião Pagã.

Aradia é considerada uma "Avatar" feminina; uma Deusa que encarnou na Terra para trazer a liberdade para as classes oprimidas pelo clero e pela nobreza.

Sua história foi contada de geração em geração pelos Clãs e famílias de Streghe.

Deusa. Sacerdotisa. Strega. Filha de Diana. Nas várias tradições da Bruxaria, Aradia é cr

Muitos julgam que sua existência é apenas lendária, mas não é isso que pesquisadores da Stregheria acreditam.







O mito desta strega conta que ela nasceu do amor entre a Deusa Diana e seu irmão Lúcifer. O registro mais famoso dessa lenda está no livro "Aradia - o Evangelho das Bruxas", do antropólogo inglês Charles Godfrey Leland, e já criou muita polêmica por relacionar a Bruxaria com Lúcifer, que seria o demônio na tradição cristã.

Diana, Regina delle Streghe.

Diana, La Regina delle Streghe (Diana, a Rainha das Bruxas) é a mais alta divindade dentro da maioria dos Clãs de Stregheria, a Bruxaria Italiana. Também conhecida como Tana, Atimite, Jana, Uni, Nix e Fauna, Diana é a mãe de Aradia e irmã/mãe/consorte de Dianus Lucifero.

Dianus Lucifero.

Dianus/Lucifero é o Antigo Deus das Bruxas Italianas. Irmão, filho e consorte da Deusa Diana, é o Senhor da Luz e do Esplendor.

Lucifero ou Lúcifer é o antigo nome do Deus Romano do Esplendor. Senhor da Estrela Matutina e Vespertina. Foi posteriormente associado ao Diabo Cristão. Vale ressaltar que o Lúcifer (diabo) judaico-cristão, por seu pleomorfismos de atuações pode ser considerado o deus Lucifero, sob uma optica cristã.

Dianus Lucifero (Divino Portador da Luz) também é conhecido como Dis em seu aspecto de Deus da Morte e do Além Mundo e Lupercus em seu aspecto de Criança da Promessa, portador da esperança e da Luz.

Dianus Lucifero é dotado de três aspectos:

O Cornífero: Senhor das Florestas Selvagens e Deus da Fertilidade, Sexualidade, Vida e Morte.

O Encapuzado: Senhor dos Campos e das Plantações. Rei da Colheita e Senhor da Flora; Rex Nemorensis; semelhante ao Greenman dos celtas.

O Ancião: Senhor da Sabedoria e Guardião dos Santuários.

O Culto da Stregheria ao Deus Dianus Lucifero está intimamente ligado aos antigos Mistérios do Deus Etrusco Tagni, e aos Deuses Clássicos como Pã, Baco, Dioniso e Apolo. 



A hipótese que vem sendo levantada por historiadores é a de que ela seria uma sacerdotisa de Diana que viveu por volta de 1.300 d.C. As datas mais aproximadas arriscam que seu nascimento foi em 1313 d.C., na região da Toscana, que fica no norte da Itália.

A sacerdotisa ficou conhecida como Aradia di Toscano, mas esse pode não ser seu nome verdadeiro. Aradia provavelmente é um título sacerdotal que significa "A Luminosa". O prefixo "Ar", segundo a escritora italiana ArdathLili, significa "fogo". Portanto, ela pode representar o título dado a uma sacerdotisa central de um culto relacionado ao fogo e talvez, também,ao Sol. 



Tanto segundo a lenda quanto segundo os estudos históricos, Aradia se estabeleceu com seus seguidores próximo ao lago de Nemi, em Roma. Esse lago é um antigo e histórico santuário de culto à Diana Nemorensis (Diana do Bosque Selvagem) e seu consorte, o Rex Nemorensis (o Rei do Bosque Sagrado).
Quando Aradia morreu, seus seguidores foram perseguidos e o conhecimento que ela deixou ficou restrito à algumas pessoas.

Dizem que uma das discípulas de Aradia, chamada Teresa, era letrada e escreveu em pergaminhos seus ensinamentos, mas esse material se perdeu. Acredita-se que estejam no Vaticano.

Ela viveu nos montes de Alban e florestas perto do lago Nemi, na Itália, junto aos escravos que haviam se libertado de seus senhores. 


Ali ela ensinou-lhes a Antiga Religião e pregava o amor pela liberdade. Sua forte presença e suas palavras cheias de amor, trouxe esperança para os camponeses que eram explorados pelos senhores feudais. Desta fora ela aumentou-lhes a auto-estima, deu-lhes o devido valor e ensinou-lhes a terem respeito por si próprios. Aradia colocou-os em harmonia com a natureza através de seus ritos sazonais e rituais da Lua Cheia. 


A Igreja Católica a perseguiu como "Rainha das Bruxas" e colocou-a na prisão. Lá foi torturada e sentenciada à morte. No dia da execução, não foi encontrada em sua cela. Tinha escapado milagrosamente e voltou a ensinar sua religião ao povo. Quando presa novamente pelos soldados, falou ao padre:

-"Você só traz a punição para àqueles que se livraram da Igreja e da escravidão. Estes símbolos e roupa de autoridade que veste, só servem para esconder a nudez que nos faz iguais. Você diz que serve a um deus, mas você serve somente a seus próprios medos e limitações".

Acabou presa desta vez, por heresia e traição. Sentenciada novamente à morte, outra vez escapou, retornando às montanhas, junto aos seus, onde fez uma revisão em seus ensinamentos. 


Um dia comunicou a todos que partiria para o Leste. Entregou-lhes uns escritos que tinham por título: "A Carga da Deusa", onde descrevia minuciosamente todos os rituais. Antes de partir, instruiu seus seguidores para recordá-la compartilhando vinho e bolos nos cerimoniais sagrados. Prometeu, que todo aquele que clamasse por Diana, sua mãe, e por ela, receberiam muitas graças e seriam abençoados.

Após a partida de Aradia, os covens foram terrivelmente perseguidos e muitos deles disimados pelos inquisitores. Eram eles: Janarric (mistérios lunares), Fanarric (mistérios da terra) e Tanarric (mistérios estelares). Estes grupos são consultados ainda hoje como às Tradições da Tríade. 


Em 1508, Bernardo Rategno, um inquisitor italiano, documentou um volumoso acréscimo no número de seitas de bruxaria começados no ano de 1350. Correspondia exatamente com o período que Aradia encontrava-se na Itália, ensinando a Antiga Religião.

Aradia era a doutrinadora da Antiga Religião da Deusa e também a protetora das bruxas. Era uma deusa intelectualizada com a chama de uma Amazona em seu interior. É uma deusa associada com a Lua Cheia, apresentando o espírito de uma "Donzela", somada à habilidade e presteza herdada de sua mãe Diana e também a sabedoria de uma "Anciã".

Aradia é um símbolo para as bruxas atuais. Através de seus ensinamentos nós nos transformamos e nos unimos ao céu, à terra, à lua e ao universo.




Por ser relacionada com o número 13, algumas streghe costumam homenageá-la no dia 13 de agosto, pois nessa época do ano eram feitas as principais comemorações à Diana em toda a Roma Antiga. Essas comemorações unem as homenagens à Diana e à sua filha na figura de Aradia. Há divergências sobre a data exata dessa comemoração, mas ela flutua, geralmente, entre o dia 11 e o dia 13 de agosto.Porém, quem costuma cultuar Diana e Aradia, o faz nas Luas Cheias - costume que o Evangelho das Bruxas registra. A cor de Aradia é o vermelho e sua erva, a Verbena.

 
A autenticidade da Aradia sempre esteve em questão. Ronald Hutton,, em seu estudo acadêmico das raízes do neo-paganismo,  apresenta três teorias divergentes sobre Aradia: primeiro, que é um texto genuíno de uma religião da Deusa subterrânea italiano, segundo , que Maddelena escreveu baseado em sua tradição familiar, ou terceiro, que Leland Charles forjou com base em seu extenso conhecimento do folclore. Cada uma dessas teorias tem prós e contras: pode ser que o segundo e o terceiro são os mais próximos da verdade.
Não há um item entre os treze ensinamentos de Aradia que não esteja presente na Natureza. São todos Dons alcançados quando estamos ligados ao espírito da Natureza (não é a Natureza em si, é uma força maior que isso), ao Espírito de Aradia. A Força que canta os Mistérios no nosso ouvido, o vento que leva a folha, a reverência que se sente ao ver o Sol nascer, a tradição passada de geração a geração, entre todos os seres vivos...


Ela é lembrada em rituais e poemas, porém não era uma deusa, uma divindade , em alguns Clãs, pois pregava que voltássemos nossos olhos a toda Criação: a nós, aos Deuses (em especial Diana) e a tudo que nos cerca, mas pode sim ser honrada como uma Ancestral. Em outros Clãs, como no Clã Nemorensino, Aradia é vista tanto como Deusa quanto como Ancestral Mística. Quando Aradia morreu, seus seguidores foram perseguidos e o conhecimento que ela deixou ficou restrito à algumas pessoas.




No séc. XIV, Aradia ensinou que os poderes "tradicionais" de uma Bruxa pertenceriam àqueles que seguissem a Velha Religião. Ela os chamo de Dons, porque ela colocava que são apenas "um adicional" aos poderes de uma verdadeira bruxa, e não a razão pela qual alguém deveria ser tornar uma ou seguir La Vecchia. Estes são os seguintes:

1. Atrair sucesso nos assuntos do coração
2. Abençoar e consagrar
3. Falar com os espíritos
4. Saber das coisas ocultas
5. Chamar espíritos
6. Conhecer a Voz do Vento
7. Ter o conhecimento da transformação
8. Ter o conhecimento da divinação
9. Conhecer os Sinais Secretos
10. Curar males
11. Trazer a beleza


 
"Eu sou Aradia
Filha do mar
E filha do vento
Filha do Sol
E Filha da Lua
Filha do pôr
E filha do nascer do Sol Filha da noite E Filha das montanhas
E eu cantei a canção do mar
E eu escutei os sinais do vento
E eu aprendi os mistérios secretos do Sol
E eu bebi as lágrimas da Lua
E o sofrimento do Sol que nasce
Eu estive sob a escuridão mais profunda da noite
E eu segurei o poder das montanhas
Por eu ser mais forte que o mar E mais livre que o vento
Eu sou mais brilhante que o Sol
E tenho mais fases que a Lua
Eu sou a esperança do Sol poente
E a paz do Sol nascente
Eu sou mais misteriosa que a noite
E mais antiga que as montanhas
Mais velha que o próprio tempo
Por eu ser Aquela que foi
Aquela que é




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