terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ser pagã (Bela Síol)


Sou mulher …
Que caminha no submundo,
Com os braços estendidos,
Tocando as estrelas,
Vislumbrando sonhos,
Nas tetas cósmicas,
Da teia leitosa dos mundos.
Sou a observadora da noite,
A sábia e cega diurna,
Diante das mazelas mundanas,
Na dor que ofusca o sorriso,
Quando frustra a vontade,
De pintar o universo,
Nas cores da paz e alegria.
Meu corpo é toda a terra…
Rios que correm nas veias quentes,
A lava que se espalha no prazer,
O canto do pássaro interior,
Melodioso em honra da deusa.
Sou magia temida e a arte da cura,
Sou fruto e encantamento de amor.

Bela Síol


POEMA - FACES OCULTAS DA DEUSA MÃE



Sob a luz me fiz nascer,
Deixando o casulo cósmico, voltei.

Refiz vestes e sonhos.
Busquei o amor e sonhei.
Amei e fui amada,
Desejei e fui desejada.

Voltei-me em vórtices contínuos
Transformei-me!
Pressenti a luz em mim,

Fecundei!
Pari as dores de ser.

Reparti cantos, danças e canções de ninar.
Embalei, contei histórias, falei da Deusa.
Da água, do fogo, do ar e da terra.

Arei, semeei e colhi.
Rompi barragens e deixei-me fluir.
Percebi minha serpente e minha águia.
Acalentei-as!

Percebi meus rios internos na cor de escarlate,
Abençoei-os!
Fertilizei meus sonhos,
Libertei minha liberdade, sem medos, sem bagagens.

Desbravei minha alma.
Busquei a luz!
Refiz mapas, tracei metas, divaguei em trilhas.
Fiz-me mulher!

Hoje, aquieto-me sob brumas.
Serenamente me entrego,
Num sopro ardente e de ardor lunático .

E ela, a Lua, arde em mim.
Vibra, sopra segredos envolventes.
Sinto-me estrela.
Sinto-me cúmplice do universo.

Bebo o vinho da noite em celebração.
Reparto o pão doando a vida.

E um dia, então, ela, a Lua
Cobrirá meus negros cabelos de branca luz´.

E neste exato momento serei apenas um ponto, 
Uma partícula a confundir-se com 
Uma estrela no leito celeste.

Poema de - Graça Azevedo/ Senhora Telucama –

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Poesias Pagãs

 

Templo de Avalon
Invoco toda a magia de Avalon,
Templo e morada dos Deuses celtas
Linha tênue que separa esse momento
Pela Deusa as criaturas se fazem presentes
Buscam o equilíbrio e resgatam a sagrada unidade
Que vai muito além do éter dessa névoa de prata
Gnomidas revolvem a terra para as boas novas
Silfos espalham gotículas e renovam o ar de alegria
Salamandras expurgam os tolos do caminho
E as ninfas revelam segredos do transe ascendente
Muitos falam, alguns percebem e poucos entendem
As palavras soltas ao vento, adentram os corações
Despertam emoções adormecidas, jamais esquecidas
Logo a semente estará em seu ventre
Germinando uma era de esperanças renovadas
Apenas por uma questão de tempo desse universo
Paralelo sagrado, programado nas ondas quânticas
Através da figura singela de uma Deusa criança
Corre tempo, busque terra, voe folha
Queime nas fogueiras sagradas e renasça
Através das águas cristalinas da fonte sagrada
Avalon, a terra dos campos verdes e do céu azul...
Estás além das brumas do tempo e da ilusão!

Rowena Arnehoy Seneween ®

Sombras da Lua

Boca vermelha,
Sedenta de beijos ardentes
De uma longa era
Além da alma sombria
Tormento vivido
Na loucura dessa noite fria
Branco pálido da morte,
Grita alto pelas sombras da Lua
E rompe no peito a fúria guardada
Pelos séculos perdidos
Deste breve momento.

♀ Aurora Von Pompadour ®

Álbum de Retratos

É fácil mentir sobre si mesmo
Então... De que servirão simples palavras?
Por acaso se eu me denominar flor
Assim o seria pra você?
Ou se te mostrar um espelho,
Seria eu, atrás do aço, o seu reflexo?
Se cheirar, ter cor e gosto de mel
Serei eu doce pra você?
Ou melhor, se mesmo assim eu te disser
Que sou ácida...
No que acreditaria?
Ou, inversamente, ter cor, cheiro e consistência de veneno
Mas me denominar remédio...
Curaria você?
Posso ter facas sob a maciez da pele
Posso ter nuvens atrás dos muros...
Como você saberá se ficar me olhando de longe?
Ou melhor, como saberá se eu te disser?
Nada podem as palavras contra a verdade dos fatos...

By Lia Caroline

TITHÂNIA

Sempre serei aquele que é sustentado
Por seu poder de liberdade, és ar,
Eu sou fogo que queima
Sou a chama que não deve ser apagada,
E mesmo no mais rigoroso inverno
Lutarei para resistir a investida da nevasca
Somente para manter o calor da vida em teu ser
Mas como diz a palavra trazida por Aisling,
A Deusa Celta da Esperança e das Fadas
Navegarei de volta ao meu ponto de origem
Eis que um guardião não morre, apenas adormece
Sou aquele que com humildade e amor
Caminha sobre a humanidade moderna
Sou filho do grande Deus bom Dagdha
Escolhido pela esmeralda verde, Dannu,
Minha Mãe e Senhora do portal Verde
Afilhado de Gwyn Ap Nudd e Ainennh
Sou aquele que guarda as portas
De Glastonbury, Annwn,
Ou das ilhas mágicas flutuantes
Sou remanescente de um tempo que não existe
Tal qual os homens atuais imaginam
Sou aquele que está no orvalho
Na grama verde com seus pequeninos
Habitantes tais quais faíscas verdes de esperança
Nasci e fui consagrado diante do grande espírito
Do carvalho, consagrado um dragão verde
Um druida, um bardo mais que isso
Sou um filho dos sonhos que continua e
Continuará lutando pela honra, justiça
E real igualdade entre homens e mulheres
Pois o sagrado do Deus e da Deusa
Devem estar unidos na Sagrada Sincronia
Eis que dois mundos se tocaram, e sempre vão se tocar
E onde houver um circulo, um esbhá ou um sabatt
Ou mesmo um distante clamor a Deusa e ao Deus,
Preenchido dos valores do código,
Eu, Norhuyas Abramesth Smaragdus,
Aquele que tem mil formas como o Deus,
Aquele que vai a todos os lugares e está com todos
Serei o elemento a zelar
No éter, no ar, no fogo, na água e na terra
Pois Eu Sou Guardião dos sonhos, príncipe desse lugar
Onde o coração de criança acessa com tanta facilidade,
Quando sentir que os sonhos estão sendo sufocados
Pela dura realidade, não esmoreça, pegue seu athame,
Sua varinha encantada, pelos elementais,
Abra o circulo e grite bem alto
Eu nunca deixarei de sonhar.

Norhuyas Abramesth Smaragdus ®

Filhos das Estrelas

Salve Filhos das Estrelas Brilhantes,
Vindos nas asas de Erin, pelas bênçãos de Dannan!
Mestres da magia, ouçam o nosso chamado,
Mostre-nos a pedra do destino, a Lia Fáil
Pela espada de Nuada, seja a justiça equilibrada
Nas verdades da Deusa e do Deus.
E que a lança de Lugh, o Brilhante,
Nos dê a vitória sobre o orgulho desmedido.
Que o caldeirão da transformação do Grande Dagda,
Possa nos renovar todos os dias,
Abençoando-nos com sua fartura e bem-aventurança.
Pela triqueta sagrada, se apresentem hábeis filhos,
Os Tuatha De Danann, pelo código de honra ao teu povo!
Tanto nos montes e nas florestas abaixo da terra,
Assim como, toda a terra acima de toda a terra.
Se façam presentes em nós, para que vossa sabedoria,
Possa nos levar adiante no propósito maior,
No principio da tua mais perfeita criação,
Em benefício de toda a humanidade.
Que a luz brilhe na escuridão e o amor guie os corações,
Na esperança do amanhecer, a eterna promessa.
Dos Filhos das Estrelas Brilhantes!

Rowena Arnehoy Seneween ®

Quem eu gosto

Quem eu gosto
Gosta de mim

Quem eu gosto
Não me acha perfeita
Quem eu gosto me aceita
Louca, livre
Mau humorada, irritada

Quem eu gosto
Gosta de mim

Quem eu gosto
Me conhece
E mesmo que não me conheça
Gosta de mim

Quem eu gosto
Sabe da minha alegria,
Beleza, harmonia
Conhece o sabor das minhas lágrimas
Sabe da força dentro de mim

Quem eu gosto
Gosta de mim
Porque antes de me ver
Viu a minha alma

Quem eu gosto
Gosta de mim.

Três Rosas Vermelhas - O Registro Poético de uma Bruxa®,
Lydia Gomes de Arddhu e Brigit




PEREGRINA

Sou uma peregrina da vida
Onde ela pode me levar eu não sei
Mas sei que ela me quer e eu a quero

Transformo minhas mudanças em presentes para mim mesma
Trabalho o que pra mim é vital em cada momento

Sou uma peregrina da alma
Com ela comungo com os quatro elementos
Me sintonizo com suas forças
Pra me fazer inteira
Mergulho em suas energias
Pra me sentir completa

Sou uma peregrina da Arte
Que com seus mistérios tudo transforma
Que se funde em mim de várias maneiras
Que me faz transpirá-la por meu corpo inteiro

Sou uma peregrina
Sou uma peregrina
Sou uma peregrina

Livre
Selvagem
Natural
Sempre peregrina...
De mim mesma.

Anna Leão. Todos os direitos reservados.



Esperança do Amanhecer

Filha dos sonhos,
Corra abra a porta
Do velho carvalho.
Escute os seus segredos.
O poente se aproxima.
A vida se encaminha.
A felicidade está viva.
Dance até cair à última folha.
Pegue o galho dourado
E atravesse o portal.
Corra, o tempo voa,
Os Deuses estão aqui.
Pegue o galho prateado
E atravesse o portal.
A luz brilha sobre vocês.
Não desista, a barca lhe espera.
As sementes novamente germinam
E os séculos despertaram o Rei.
Corra e abrace o seu sonho.
Toque o seu coração.
A tua mão o alcança.
Traga-o de volta.
Filhos da Arte e do amor.
A Senhora não mente
E aqui se faz presente.
Acredite na força da magia.
Abençoados sejam!

Rowena Arnehoy Seneween ®

domingo, 26 de agosto de 2012

A TRAIÇÂO DO REI ARTHUR A AVALON


No alto de toda bravura possível, Arthur e seus Cavaleiros estiveram à frente de muitas batalhas, em alguns momentos, com frentes bem menores que seus adversários, mesmo assim, sempre foram condicionados a grandes vitórias. Diante de todas as adversidades encontradas e das importantes decisões, a galhardia medieval do Rei, seus feitos, e também sua preocupação com o reino despertaram no povo um sentimento muito forte de afeto, tornando-o amado e querido...

Arthur mudou o reino de Tintagel para Camelot e instituiu o Cristianismo na Bretanha. Criou a Távola Redonda, onde todos os seus cavaleiros se sentavam a uma grande mesa redonda de modo que não houvesse ponta nem cabeceiras, reafirmando que todos eram iguais perante o rei e perante Cristo. Era lá onde se decidia as missões e o destino do reino e daqueles intrépidos homens. Todos dispostos a matar ou morrer em nome do seu rei e do seu reino. Entre eles, o mestre-das-armas do Rei Arthur Sir Lancelot, o místico e corajoso Cavaleiro do Lago que mantinha contato com a cidade encantada de Avalon.




Sob o benévolo domínio de Arthur, a Bretanha goza 12 anos de paz, época em que se assiste ao grande florescimento da cavalaria. Arthur chama ao seu castelo de Camelot. Os cavaleiros corajosos e fiéis de seu reino - Lancelot, Gawain, Percival e muitos outros - e senta-os ao redor de uma enorme mesa ou távola, redonda, tendo cada um dos seus nomes gravados a ouro na respectiva cadeira. 

Os que ali se sentam são ensinados por Merlin a evitar o crime, a crueldade e a maldade, a fugir da traição, da mentira e da desonestidade, a dar o perdão aos que o pedem e, acima de tudo, a respeitar e a proteger as mulheres. De Camelot, os cavaleiros partem a combater dragões, gigantes e anões astuciosos; os seus encontros com as "forças do mal" ocorrem habitualmente em castelos assombrados, florestas obscuras e jardins encantados. Orgulhos de seus feitos, regressam então ao castelo para contar na corte as suas histórias.

Quanto ao tão falado cavalheirismo de Arthur, este reinou numa época de lutas selvagens em defesa da integridade territorial e da independência política. O Código de Honra da Cavalaria. Arthur seu reinado glorioso e inesquecível, foi "um breve período luminoso colocado como uma estrela na Idade das Trevas".



Nos anos que se seguem à coroação do rei Artur, a rainha Gwenhwyfar continua as suas manipulações para assegurar a lealdade do seu marido à igreja cristã, enquanto a sacerdotisa Viviene decide confrontar Artur pelo ato de traição contra Avalon. 

A Deusa trabalha sozinha e silenciosa no coração da natureza, mas não pode consumar a sua magia sem a força daquele que corre como o veado e que, com o sol do Verão, fecunda a riqueza do seu útero. As folhas levantam-se e rodopiam e ei-lo que chega! Cai súbita a escuridão, mas é com o regresso da luz que espalha selvaticamente o seu sémen sobre a terra.

Morgana, através do seu próprio casamento, dedica-se a fortalecer a causa de Avalon. As sacerdotisas da Ilha das Brumas tudo farão para competir pela alma da Grã-Bretanha contra a maré insurgente da Cristandade.


São cada vez mais os seguidores de Cristo e, para Morgana, parece cada vez mais difícil conseguir que os antigos rituais perdurem no espírito dos homens. São tempos de magia, feitiçaria, morte e traição.

Entretanto, é urgente que Arthur seja punido pela sua traição a Avalon. Um traidor não pode usar a espada da Insígnia Sagrada como se fosse um símbolo de Jesus crucificado, nem trazer à cintura a bainha tecida com as malhas da imortalidade. E nem a morte pode ser obstáculo!

Arthur traiu o povo das fadas (seus familiares por parte de mãe) ao negar a bandeira do Pendragon e instituir em Camelot a bandeira com a cruz do Cristo. Essa bandeira foi confeccionada por Guinevere sua esposa e Rainha de Camelot. Arthur, após a mudança do reino de Tintagel para Camelot, começou a dar ouvidos a sua esposa e fazer tudo o que ela queria, com isso negou aos seus ancestrais, traiu o povo de Avalon e instituiu uma religião una em toda a bretanha, O Cristianismo.

Caído no campo de batalha, Arthur conta a Sir Bedevere que precisa devolver Excalibur ao lago. Primeiro Bedevere resiste, sabendo do poder de Excalibur. Mas finalmente, ele atira a espada na água e um braço feminino emerge para pegá-la.



Morgana leva Arthur para Avalon, porém, ele morre ao avistar as praias da ilha sagrada. Morgana leva seu corpo para ser enterrado em Avalon Arthur permanece retirado do mundo e para sempre imortal. Depois a ilha de Avalon se desliga quase por completo do mundo. E a Bretanha cai numa era negra nas mãos dos saxões.

Embora a tradição assegure que Arthur ainda vive, adormecido na ilha de Avalon (em Glastonbury onde antigamente era rodeada por pântanos e possivelmente existira a ilha), outra história descreve como ele pereceu devido aos ferimentos na batalha de Camlan, tendo sido sepultado em local desconhecido.

Acreditou-se que houvesse sido descoberto no final do século XII, quando o rei Henrique II relatou que, segundo lhe dissera um bardo galês itinerante, Arthur estava enterrado no cemitério da abadia de Glastonbury, mas não foram feitas tentativas para localizar o túmulo, até um incêndio destruir grande parte da abadia, inclusive a velha igreja de taipa, em 1184.

Durante a reconstrução da abadia, o abade ordenou uma busca para encontrar o túmulo de Arthur. Ao serem feitas as escavações descobriu-se, a uma profundidade de 2 metros, uma lápide de pedra e, embaixo dela, uma cruz de chumbo que exibia a inscrição:
Hic iacet sepultus inclitus rex arturius in insula avalonia (“Aqui jaz enterrado o célebre rei Arthur na ilha de Avalon”). Cerca de meio metro abaixo encontrou-se um esquife, construído com uma tora oca. Dentro dele havia ossos de um homem alto, cujo crânio fora grotescamente fraturado, levando os pesquisadores a concluírem que ele fora assassinado com um golpe na cabeça. Havia também ossos menores e uma madeixa de cabelos dourados, que teriam se desintegrado ao toque. Os monges concluíram que esses outros restos mortais deveriam pertencer a Guinevere.



Que as brumas novamente dêem passagem ao filho de Avalon, que retorna de sua longa jornada, ao plano de luz e beleza maior.

O véu da maldade encobriu tudo e as ervas daninhas cercaram todo o caminho em volta. Por que o desespero? Você escolheu viver em um mundo que não era seu. Mas Avalon ainda está lá... Linda e serena.

Você sabe porque já sentiu, mas mentiu e renegou suas origens, como muitos que escolheram o mundo das ilusões. Avalon se foi, triste por mais um filho que perdeu.

Avalon está lá, eu sei, mas não para aqueles que buscam o conto de fadas. Ao acordar, todos irão sentir que algo se foi. Sim, eu digo a vocês, se foi a inocência de ser simples e natural.


Selma - 3fasesdalua

sábado, 25 de agosto de 2012

SOU UMA BRUXA


Eu nasci com este dom nunca fiz nada para ser assim. Consigo sempre ver nas coisas e nas pessoas algo mais do que coisas e do que pessoas. É fácil para mim responder-lhes e brincar com as suas energias. Se isso é ser bruxa então sou bruxa

As bruxas não tem pintas e nem verrugas no rosto. O queixo não é pontudo como a figura dos contos de fada. Tem uma vassoura sim, mas não voa por aí.

Acredito na magia rodeio-me dela e sinto-a dentro de mim. Sei que todas as minhas respostas estão no que não se explica mas que se sente. Vivo assim e gosto muito. Não penso muito sobre as coisas, estas acontecem e pronto. Não ambiciono ser famosa ou rica ou mesmo poderosa. Quero continuar a viver desta calma, desta paz interior que me faz olhar sempre em frente e continuar a ser o que sou.

Uma bruxa é um ser que caminha em ambos mundos, conectada com a natureza, com a Deusa.

Ser bruxa significa ter um Poder maior resultado da Sabedoria que a experiência traz, e usar esse Poder em beneficio de todos.

- Significa acreditar e atuar, amar e distribuir esse amor.

- Significa viver em equilíbrio mesmo em meio às tormentas da Vida, baseada na compreensão de que o mundo o os seres são eternos, e por isso não há pressa para alcançar os objetivos.

Significa ter plena consciência do que somos como seres espirituais, trilhando um Caminho que somente a Deusa sabe onde nos levará.

- Significa lembrar de onde viemos, lembrar quando tudo começou e porque hoje estamos neste ponto da evolução.



Podemos sim, nos negar a continuar neste Samsara porque não somos gado, e ainda que assim fosse, nada nos obriga a não evoluir e querer as coisas, querer um destino diferente, a não ser nossa própria ignorância.

 - Não sou cega, então posso guiar outros!
- Se a Deusa me deu pés, foi para caminhar!
- Se a Deusa me deu Alma, foi para lembrar!
- Se a Deusa me deu mente, foi para aprender!
- Se a Deusa me deu Espirito, foi para evoluir!

E Ela me deu tudo isso e muito mais, me deu a Eternidade para que eu não tenha pressa, para que caminhe em meu próprio ritmo a partir da minha origem, descobrindo formas de forjar meu próprio destino.

Eu sou uma bruxa
Com rimas e razões.
Eu estou em mudança como as estações.
Minha mãe é a lua,
Meu pai é o sol,
Eu sou uma com a Deusa Terra.

Eu sou uma bruxa, uma criança Pagã.
Espírito da natureza da mãe selvagem
Cresce dentro de mim, flui dentro de mim,
Serpenteando como um córrego enfeitiçado,
Encantando cada meu despertar sonhando.



Eu respiro o AR da libertação,
Eu tenho o FOGO da transformação,
Eu bebo a ÁGUA da criação,
A Magia da TERRA é minha conjuração.

Eu sou uma BRUXA da sombra e ilumino-me,
Do vôo das névoas e dos corvos de Avalon.
Eu sou uma bruxa, com orgulho dizer Eu,
Para uma BRUXA a alma nunca morre.

Como amo ser bruxa!

Como sabemos que isso faz a diferença entre a hipocrisia plantada por outros em nós e por nós mesmas extirpada. E a verdade renascida!!!

Cheiro de terra úmida remexida, cheiro de grama cortada ou de árvores floridas... Cheiro de reinicio sempre...

E tempo de um sorriso de orelha a orelha.

E isso tudo por sermos verdadeiras!

Uma vez uma grande amiga disse que a vida deveria ser como um livro que no final quando o relêssemos deveria nos fazer sorrir, mesmo que vermelhas até o ultimo fio de cabelo... E é essa a maneira que vejo também....



Que as verdades de uma bruxa devem ser tão sagradas a si mesma como são suas deusas e deuses... Pois uma bruxa é filha por excelência deles... E por direito conquistado seu!

"A magia é um caminho desconhecido, assim como a escuridão da noite. E ao mesmo tempo assustadora, tornando-se um desafio para renunciarmos aos nossos medos e mergulharmos neste mundo secreto, que quanto mais se caminha, mais se descobre o que há por trás da penumbra. A bruxaria é um mundo oculto pelas sombras da noite, em que só a bruxa, por si própria, poderá descobrir o caminho certo, confiando na sua eterna aliada, a lua, que é a luz da Deusa. Uma bruxa acomodada jamais será sabia, porque o conhecimento oculto não é recebido e sim procurado. O segredo é confiarmos na luz interior que nos guiará adiante no caminho da procura, que começará neste momento, nesta noite. 


Por tudo isto e muito mais é que eu deixo aqui EU SOU UMA BRUXA.



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Amor Pagão (Manuel Guimarães)


Quero ver dos teus olhos, lá no fundo,
a minha pobre imagem reflectida. 
Já que sem eles, para mim, o mundo 
é uma triste imagem, só, da vida. 


Quero ver nos teus olhos, esbatida, 
a ansiosa expressão do meu olhar, 
se tendo-te nos braços, soerguida, 
muito de manso te quiser beijar. 


Sim, nós havemos de beijar-nos tanto 
e sorver desses beijos todo o encanto 
num misto de doçura e de desejo... 


Que os nossos beijos, como as nossas vidas, 
tenham as nossas bocas sempre unidas 
como se fora sempre o mesmo beijo



A Feitiçaria e a pena de morte na Arábia Saudita


Recentemente, uma mulher do Sri lanka foi presa pelas autoridades sauditas acusada de praticar feitiçaria. Um homem acusou esta mulher de ter lançado um feitiço em uma garota de 13 anos de idade durante um passeio da família às compras. Ele queixou-se à polícia que a menina 'começou a agir de uma forma anormal' depois de um contato mais próximo com a mulher em um shopping center na cidade portuária de Jidá. Segundo a imprensa, a mulher está sob custódia da polícia na Arábia Saudita. Se as autoridades Sauditas não forem pressionadas para poupar a vida desta mulher inocente, ela pode ser decapitada a qualquer momento.

Na Arábia Saudita, a feitiçaria é um crime punível com a morte. No ano passado, autoridades sauditas decapitaram duas pessoas, uma mulher e um homem sudaneses, por praticarem feitiçaria. Não está claro como o sistema judicial do país define e condena este crime ou o justifica como uma prática prejudicial punível com a morte. É difícil entender como os tribunais árabes julgam e condenam as pessoas pelo delito de feitiçaria. Definitivamente, esses procedimentos ficam aquém dos padrões internacionais. Queria muito saber qual campo do governo da Arábia Saudita continua permitindo a execução de pessoas que supostamentes tivessem cometido esses "crimes". Eu entendo que a Arábia Saudita não tem por escrito um código penal, então não há nada como "letra da lei" em termos de crime de feitiçaria. As decisões judiciais são baseadas na fé, crenças e mentalidade dos juízes.

Feitiçaria é um crime imaginário que não deveria ser associado com o código penal de nenhum país em pleno século XXI. Não há nenhuma evidência de que algumas pessoas possuam poderes sobrenaturais e que podem causar danos a outros por meio de meios mágicos. A feitiçaria é uma crença na qual as pessoas, por medo e ignorância, associam com prejuízo, maldade e infelicidade, e o crime por feitiçaria é um legado doloroso deste primitivo e duradouro medo (e superstição). Isso massacra minhas ideias, que um país como a Arábia Saudita ainda reconheça a feitiçaria como crime e de fato chega ao ponto de decapitar pessoas por cometer a "infração". Estou literalmente chocado com o criminoso silêncio dos Estados e da comunidade internacional em relação ao terror da caça às bruxas em lugares como a Arábia Saudita.

domingo, 19 de agosto de 2012

Os Mistérios de Avalon


Como diz Morgana no livro "As Brumas de Avalon" A verdade tem muitas faces e assemelha-se à velha estrada que conduz a Avalon: o lugar para onde o caminho nos levará depende da nossa própria vontade e de nossos pensamentos, e, talvez, no fim, chegaremos ou à sagrada ilha da eternidade, ou aos padres, com seus sinos, sua morte..."

As Deusas de Avalon não são apenas mulheres lindas e misteriosas, são fortes referências de uma antiga religião druídica, muito além das ilusões criadas pelo homem.
A metáfora fortalece os mitos para que, através das lendas, possam se propagar pelos séculos afora, rompendo a barreira do tempo, jamais se esquecendo que a verdadeira força está no equilíbrio... As Deusas, em suas diferentes faces, representam à energia criadora de todas as coisas viventes e possuem funções específicas, tais como: soberania, guerra (bravura) e proteção, além dos seus próprios atributos individuais.
Essa é a mensagem de Avalon, das Deusas Celtas e dos mistérios Arthurianos. Quando a dedicação é sincera e a busca constante, os caminhos se abrem e a verdade sempre nos é revelada. 


Esta pequena e animada povoação atrai visitantes de todos os gêneros: romanticos fascinados pela lenda do Rei Arthur; peregrinos à procura de herança da antiga cristandade; místicos em busca do Santo Graal; enquanto astrólogos são seduzidos pelos rumores da existência de um zoodíaco na paisagem. Glastonbury mais não era do que uma ilha rodeada de pântanos quando os primeiros cristãos ali se estabeleceram (Avalon).

Mas isso aconteceu há muito tempo. Durante um período, cristãos e druidas viveram lado a lado, adorando o Uno; mas depois vieram os romanos para a ilha, e, embora tivessem a reputação de tolerância das divindades locais, foram impiedosos com os druidas, derrubando e queimando seus bosques sagrados, espalhando mentiras segundo as quais eles cometiam sacrifícios humanos. Seu verdadeiro crime havia sido, é claro, o de estimular o povo a não aceitar as leis e a paz romanas. E, então, num grande ato de magia druida, para proteger o derradeiro refúgio precioso da escola, fizeram a última grande mudança no mundo, retirando a ilha de Avalon do âmbito humano.

Agora, ela estava escondida na bruma, exceto para os iniciados que haviam estudado nela, ou os que haviam aprendido os seus caminhos secretos pelo lago. Os homens das tribos sabiam onde ela se situava, e ali realizavam seus cultos. 


Avalon deve muito de seu mistério às lendas celtas que a consideram uma porta de passagem para outro nível de existência.

Uma existência povoada de magia e amplitude espiritual.

Também era chamada de "Ynis Vitrin" ou Ilha de Vidro, onde seres mágicos, isolados do mundo mortal, desfrutam a eternidade.

O nome tem origem no semi-deus celta Avalloc.

Pesquisas arqueológicas atestam que os campos de Glastonbury, há milhares de anos, foram pântanos drenados, ou seja, a cidade já foi uma ilha, o que reforça sua proximidade com as lendas de Avalon

Conhecida como Tir na nÓg, a Terra da Eterna Juventude,

local onde a doença e a morte não existem.

Este paraíso é o Outro Mundo celta, descrito como um local sublime habitado por Deusas e Deuses, heróis e heroínas, conhecidos, também, através do mito irlandês de Oisín, um dos poucos mortais que ali viveram e o seu relacionamento com a bela Niamh dos cabelos de ouro. 


Uma terra de beleza incomparável, uma ilha cercada de magia e mistérios liderada por mulheres...Morgana e suas irmãs...cultuavam a deusa e ela ajudava a preserva o lugar livre de outros males. Avalon sempre existiu... Uma terra de amor e beleza, onde viver era simples como respirar. As pessoas corriam livres pelos campos e de nada se arrependiam, pois não havia motivos para ser aquilo que não se era. Poucos ainda se lembram dos campos floridos e das flores que vibravam em outras tonalidades. 

Tudo era diferente. Muitos buscam novamente Avalon, mas este tempo não existe mais. A inocência era virtude e a verdade, qualidade.
As brumas se elevam e nos trazem recordações de um tempo distante... Nossos ritos eram sagrados, porque assim nos foi ensinado. Lá, não havia tradições nem contradições, só havia o amor. Simples como acordar e olhar o céu, sereno como contemplar o brilho das estrelas e belo como reverenciar a Lua e o Sol. 

A Lua, sim, ela era mais límpida, como os nossos corações. Muitos estão aqui hoje, mas poucos se lembram, apenas sentem saudades do lugar. Avalon se foi apenas por ser bela, ninguém entende. Virtudes hoje são defeitos. Avalon é uma ilha pertencente a Grã-Bretanha
de onde emanava todo o poder mágico que tecia a teia do mundo, era através desta ilha que a Deusa se manifestava. Muitas mulheres almejam em serem chamadas para participar do serviço da Deusa, em outros termos, serem chamadas à Avalon. Por séculos Avalon foi um lugar de conhecimento, sabedoria, sacerdócio, destino e magia.



A ligação de Avalon com o mundo dos homens dependia apenas da pureza do coração que governava a terra maior, em outras palavras, para Avalon era necessário existir um rei puro no comando da Grã-Bretanha.
Essa ligação poderosa permitia aos seus habitantes ter o poder da natureza em troca de seus serviços à Deusa.
Desta ilha saíram nomes celebres dos contos antigos, o poderoso Mago Merlin, amante e tutor da Dama do Lago Víviane, e o poderoso Rei Arthur.

O Templo de Avalon é o corpo que guarda a alma ancestral, o caminho que nos leva direto a misteriosa Ilha das Maçãs, ou seja, o caminho da verdade infinita que está dentro de cada ser.

Avalon é simplesmente esta doce emoção, mas, apenas para aqueles que ainda acreditam na magia que está escondida dentro do seu coração.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Estudo acha sinais de 'guerra santa' entre pagãos e cristãos na Europa medieval

Foto: S. Fiedler/Divulgação

Por volta do ano 1100 da nossa era, as tribos eslavas que viviam na fronteira da Alemanha com a Polônia estavam literalmente entre a cruz e a espada. Enfrentando ataques militares e missionários de seus vizinhos cristãos, a elite das tribos parece ter decidido reafirmar sua identidade pagã com túmulos luxuosos, que mostravam seu poderio e sua determinação de resistir ao invasor. Essa é a tese de um arqueólogo alemão, cujo trabalho está ajudando a entender os últimos pagãos da Europa Ocidental.

“Todos os vizinhos deles já tinham virado cristãos e eram governados por reis ou, no caso dos alemães, por um imperador”, explica Felix Biermann, do Departamento de Pré-História da Universidade Humboldt, em Berlim. “Por outro lado, as tribos eslavas dos rúgios, lutícios e obodrítios tinham estruturas políticas descentralizadas. Eles eram comandados por uma elite de guerreiros e cavaleiros, cujo poder era baseado em alianças militares. Esses chefes construíam grandes fortalezas, feitas de madeira e terra e que chegavam a ter até 400 metros de diâmetro”, diz Biermann.

Escavações recentes na Pomerânia (nordeste da Alemanha) e nas regiões polonesas que fazem fronteira com ela revelaram um estranho aumento de sepulturas suntuosas no final do século 11 e começo do século 12. Antes, os membros das tribos eslavas eram simplesmente cremados, mas nessa época eles passam a ser enterrados, alguns deles com muita pompa. Ao analisar vários desses túmulos de elite, como o de Usedom, que fica numa ilha do mar Báltico, Biermann verificou uma série de características comuns.


Casa dos mortos

Primeiro, os túmulos viram uma espécie de “casa” dos mortos, recobertos com estruturas de madeira e pedra e formando “morros” artificiais, que podiam ser vistos a uma certa distância. Em segundo lugar, os defuntos ganham oferendas caras: espadas longas com cabo decorado, moedas de ouro e prata, tecidos finos, esporas de ferro e chicotes (ambos lembretes de sua condição de cavaleiros).


Espada longa e tecido recoberto com ouro achados em túmulo de Wusterhusen (Alemanha) (Foto: F. Biermann. )

Há também bacias de bronze finamente decoradas, usadas para lavar o rosto e as mãos dos nobres. “É uma maneira de dizer que eles eram uma elite refinada, com hábitos sofisticados à mesa”, afirma o arqueólogo alemão. As mulheres da elite também recebiam ricos presentes em sua viagem para o além-túmulo: anéis e colares de metal precioso e amuletos feitos com dente de castor. Nessa mesma época, parece surgir uma certa separação espacial entre esses túmulos e os dos “plebeus” das tribos – outro sinal de que a elite pagã estava tentando reforçar seu poderio.


E é aí que entra a tese de Biermann. O curioso é que o mesmo fenômeno – o repentino aparecimento de túmulos pagãos suntuosos – acontece justamente antes da conversão dos escandinavos e dos ingleses ao cristianismo, nos século 7 e 10 ou 11, respectivamente. O arqueólogo aposta que o exagero cerimonial entre as tribos eslavas servia para mostrar que o paganismo estava vivo e vigoroso diante da invasão cristã. Também pode haver uma influência indireta de pagãos vikings, que comerciavam com a região durante as décadas anteriores ao surgimento dos túmulos luxuosos.


Vasilha de bronze do túmulo de Usedom, século 12 (Foto: Divulgação)



Tanto é assim que, após um breve florescimento de algumas décadas, a tradição tumular desaparece a partir do último quarto do século 12. É bom lembrar que a orientação da Igreja medieval era não colocar nenhum objeto em túmulos de cristãos – um hábito normalmente associado à crença numa vida após a morte com combates, festas e outras situações iguais às encontradas no mundo dos vivos.


Templo destruído

Até essa época, os eslavos da região adoravam deuses capitaneados por Svantevit, um guerreiro divino representado com três ou quatro cabeças (nesse caso, cada uma delas ficava voltada para um dos pontos cardeais), cujo culto também era associado à fertilidade da terra. Não por acaso, Svantevit era retratado com uma espada na mão e um chifre oco (usado como taça) na outra, montado num cavalo branco – mais ou menos como os guerreiros pagãos que o adoravam.


Deus de quatro caras Svantevit, adorado pelas tribos eslavas da região (Foto: Reprodução)

“A religião servia como o principal fator de integração dos líderes pagãos. Eles tinham um importante centro conhecido como Rethra, que era uma mistura de fortaleza e oráculo militar, onde eles pediam o apoio dos deuses para a guerra. Esse local foi destruído por volta de 1070 e o centro militar e religioso das tribos se deslocou para o templo de Svantevit num local chamado Arkona”, conta Biermann.

De acordo com o arqueólogo, a resistência em Arkona não durou muito. As pressões para se converter ao cristianismo eram muitas. Uma delas foi a chegada de missionários liderados pelo bispo alemão Otto de Bamberg, que chegaram à Pomerânia em 1124. Cruzados alemães, poloneses e dinamarqueses também organizaram uma série de ataques à área. Finalmente, o templo de Arkona foi atacado pelo rei Waldemar I da Dinamarca.

“Temos boas informações sobre o cerco de Arkona graças à descrição feita pelo monge dinamarquês Saxo Grammaticus. Os pagãos da tribo dos rúgios estavam defendendo os muros da fortaleza, mas um soldado dinamarquês conseguiu abrir um túnel debaixo do portão e colocar fogo na muralha, que veio abaixo. Os homens de Waldemar destruíram o templo e jogaram a imagem de Svantevit no mar”, diz Biermann. “A destruição do templo é considerada um símbolo do triunfo do cristianismo na região.”

Apesar dos combates, não houve um extermínio da população pagã local. Convertidos ao cristianismo, eles acabaram se miscigenando com colonos alemães que chegaram à região no fim do século 12 e começo do século 13. “Alguns dos membros da elite pagã se tornaram cristãos, como os membros da família Greif, que viraram duques e governaram a Pomerânia até o século 17”, conta o arqueólogo alemão.


Cruzadas no leste

A destruição do templo de Arkona marcou o desaparecimento definitivo do paganismo na Europa Ocidental. No entanto, o culto a divindades não-cristãs continuou resistindo durante quase dois séculos a leste.


“No território da Prússia Oriental, que hoje pertence à Rússia e à parte nordeste da Polônia, a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos lançou uma ‘missão com a espada’ a partir dos anos 1230”, diz Felix Biermann. Os Cavaleiros Teutônicos já tinham lutado na Palestina durante as Cruzadas e, com isso, expandiram sua ação contra inimigos da fé na própria Europa. Depois da vitória cristã nessa região, restava ainda uma grande potência pagã na Europa Oriental, a Lituânia. Nesse caso, a política acabou sendo o fator-chave: o grão-duque da Lituânia teve a chance de virar também rei da Polônia caso aceitasse ser batizado para casar com uma princesa polonesa. O grão-duque topou e foi coroado como rei Ladislau I Jagiello.


Em parte pela conversão forçada e em parte pelos interesses políticos envolvidos no processo, os costumes cristãos demoraram para dominar totalmente essa região. “Em Usedom, temos enterros do meio do século 13, no cemitério de uma igreja, que ainda mostram objetos simples mas ligados à tradição pagã, como armas e moedas”, afirma Biermann.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Santuário do Paganismo



Enfim, um espaço público para nós celebrarmos, sem medo e sem restrições, os Deuses! Toda religião tem um espaço, por que não nós?
Ao saber dessa notícia, fiquei realmente explodindo de felicidade. É uma grande prova de amor pelos Deuses e pela nossa crença, além de ser uma grande evolução para a própria comunidade bruxística. Podemos ter esperanças de deixar algo para nossas gerações futuras...


 

Podemos perceber também como “pequenas” pessoas podem fazer grandes diferenças. Nosso mundo pagão não é feito somente de eventos bonitos e legais, onde podemos comprar, nos encontrar e sermos felizes... temos que ter um lugar onde REALMENTE cultuamos os Deuses. E está aí, o SANTUÁRIO DO PAGANISMO. O SANTUÁRIO dos Deuses.

Temos que agradecer a essas pessoas e mais, nos juntarmos a elas, e fazermos ainda mais! E que venham mais projetos por ai...
Nunca esqueçamos dos Deuses nessa história toda! Agradecer á Eles por terem nos ajudado a tornar isso possível, em nome Deles.

“No dia 14 de abril foi inaugurado o Santuário do Paganismo, em Santa Isabel, São Paulo.
O Santuário foi concebido pelo Instituto Ubiratan de Ciências de Religião e da Magia e está situado dentro da sede do Instituto, local com uma área de aproximadamente 6 mil m².
No espaço dedicado ao Santuário do Paganismo, foram concebidos inicialmente 3 ambientes: área da fogueira com 40m² , círculo de pedras com 70 m² e área gramada de 50m² com cachoeira, em meio a uma área verde preservada e poderão ser locados e utilizados para cultos, rituais e eventos.

Numa próxima etapa, estarão contemplados um jardim zen, uma área com pirâmide e um espaço tântrico.

Para a inauguração estão confirmadas as presenças de alguns nomes de destaque das religões pagãs, como o Xamã Léo Artese, a Bruxa Tânia Gori e o musicista Valter Pini.
No espaço dedicado ao Santuário do Paganismo, foram concebidos inicialmente 3 ambientes: área da fogueira com 40m² , círculo de pedras com 70 m² e área gramada de 50m² com cachoeira, em meio a uma área verde preservada e poderão ser locados e utilizados para cultos, rituais e eventos.

Numa próxima etapa, estarão contemplados um jardim zen, uma área com pirâmide e um espaço tântrico.
Para a inauguração estão confirmadas as presenças de alguns nomes de destaque das religões pagãs, como o Xamã Léo Artese, a Bruxa Tânia Gori e o musicista Valter Pini.”

Santuário do Paganismo
Rod. Vereador Albino Rodrigues Neves, km 56,5
Tel. para contato: (011) 9892-0750 e 7572-1663








Fonte: institutoubiratan.blog.uol.com.br

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Idosa é linchada na Índia acusada de bruxaria


Uma mulher de 65 anos pertencente à casta dos dalit ("intocáveis" ou "impuros"), a mais baixa do sistema social hindu, morreu linchada nesta quarta-feira (1º) após ser acusada de bruxaria.

O crime ocorreu no povoado de Shevenan, situado na nortista região de Bihar, que é uma das mais pobres e atrasadas da Índia, segundo informou uma fonte policial à agência indiana Ians.

A vítima, Payari Devi, morreu nas mãos de uma multidão que a atacou após acusá-la de provocar a morte de um homem de povoado, Ashok Manjhi, por meio de técnicas de magia negra. Até o momento, a polícia já deteve quatro pessoas envolvidas no crime.
Crimes macabros e horripilantes marcam 2012


Em zonas rurais de Bihar continuam sendo frequentes estes tipos de ataques contra mulheres acusadas de bruxaria. No mês passado, outra idosa acusada de bruxaria foi obrigada a comer excrementos humanos no distrito de Sitamarhi.

Acusados de sequestro, estupro e bruxaria são decapitados na Arábia Saudita
Vários governos regionais empreenderam nos últimos meses campanhas para erradicar tanto os linchamentos de supostos bruxos e bruxas como os sacrifícios humanos, embora esta última prática seja cada vez menos comum.

Justiça manda prender pastor e jovem por intolerância religiosa no Rio de Janeiro

pastor_tupirani_preso

RIO – As primeiras prisões no país por crime de intolerância religiosa ocorreram no Rio. Afonso Henrique Alves Lobato, de 26 anos, e Tupirani da Hora Lores, de 43, membro e pastor, respectivamente, da Igreja Geração Jesus Cristo, localizada no Morro do Pinto, Zona Portuária do Rio, foram presos no dia 15 de junho por policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). A juíza Maria Elisa Peixoto Lubanco, da 20ª Vara Criminal, decretou a prisão preventiva dos dois acusados.

Tupirani e Afonso Henrique vão responder pelos crimes de intolerância religiosa, injúria qualificada e incitação ao crime. Segundo a delegada Helen Sardenberg, da DRCI, o artigo 20 da lei 7.437, de 1985 – mais conhecida como Lei Caó, que cria sanções para o preconceito contra raça, cor e religião. O crime tem uma pena prevista que vai de dois a cinco anos de prisão. O delito é inafiançável, ou seja, o acusado tem de aguardar o julgamento na prisão.

Em março deste ano, com o consentimento do pastor Tupirani, Afonso Henrique divulgou na internet um vídeo em que faz ofensas às religiões afro-brasileiras, a religião da bruxaria, às polícias Civil e Militar e à imprensa. No mesmo vídeo, Afonso Henrique diz que todo pai-de-santo é homossexual. O jovem e outros três seguidores da Igreja Geração Jesus Cristo invadiram e depredaram, em junho do ano passado, o Centro Espírita Cruz de Oxalá, no Catete. Os quatro foram presos e condenados a pagar cestas básicas.

Em entrevista ao jornal EXTRA, o pastor Tupirani apoiou a iniciativa de Afonso Henrique em divulgar o vídeo, alegando que o jovem tinha direito à liberdade de expressão. O pastor também postou um vídeo na internet dizendo-se contrário às leis dos homens e desafiando as polícias e as Forças Armadas.

Alemanha e Bélgica reabilitaram bruxas

bruxas_wicca_reabilitadas

As autoridades da cidade belga de Nieuport, na costa do Mar do Norte, reabilitaram 17 moradores locais que no século XVII foram queimados vivos. Entre eles foram 15 bruxas e dois bruxos. Para homenagear a memória das vítimas do erro histórico na prefeitura da cidade estabeleceram uma estela com a lista de nomes de todos os executados seguidores do ocultismo.

Além disso, a administração da cidade anunciou na próxima semanauma festa de bruxos que até hoje se realiza lá duas vezes por ano.

A mesma história aconteceu com as 37 bruxas executadas em 1627 na Alemanha, escreve o jornal Local, referindo-se à mídia local. O Conselho da cidade de Colônia foi unânime em reabilitar as pobres mulheres que 400 anos atrás foram acusadas da ligação com o diabo.

No entanto, a decisão do Conselho, infelizmente, não tem a força jurídica, sendo que as autoridades da Alemanha atual não são autorizadas de cancelar sentenças decretadas em conformidade com as Leis do Império Romano.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Túmulo anglo-saxão pode marcar passagem do paganismo ao cristianismo


Arqueólogos encontraram um túmulo anglo-saxão perto de Cambridge, Inglaterra, que poderia ser um dos primeiros exemplos do cristianismo, que aos poucos roubou a cena do paganismo.

Dentro dele, foi descoberto o esqueleto de uma adolescente, enterrado em uma cama de madeira, com uma cruz de ouro em seu peito.

A cruz é apenas a quinta a ser descoberta no Reino Unido. Somente 12 outros enterros parecidos foram encontrados.

E, segundo os cientistas, essa combinação exata – cama onde o corpo foi colocado em uma moldura de madeira unida por suportes de metal e símbolo cristão (cruz) – é extremamente rara.

“Acreditamos que há apenas um outro exemplo de um enterro com cama de madeira e cruz no peitoral, em Ixworth, Suffolk”, disse a pesquisadora Alison Dickens.

O túmulo da adolescente, que os cientistas acreditam que tinha cerca de 16 anos de idade, era um de quatro túmulos descobertos ao sul de Cambridge. Os outros três foram descritos como enterros anglo-saxões mais típicos, sem indicações do cristianismo.

O túmulo pode datar do meio do século 7 d.C., quando o cristianismo estava começando a ser introduzido aos pagãos anglo-saxões.

A cruz de 3,5 centímetros encontrada no peito da menina provavelmente tinha sido costurada a sua roupa. Outros artefatos, como um saco de pedras preciosas e semipreciosas, e uma pequena faca também foram encontrados com o corpo.

Segundo os arqueólogos, o estilo da cruz era comparável ao tesouro real anglo-saxão descoberto em Sutton Hoo, em Suffolk.
O método de enterramento e qualidade das joias pode indicar que a menina era de uma família nobre ou real.

Sendo assim, a conversão cristã poderia ter começado em cima, com a nobreza, e filtrado para baixo, até se generalizar até as camadas mais pobres.

Apesar dessas especulações, o corpo possuir tantos bens consigo – supostamente para uma vida após a morte – é contrário à crença cristã, que diz que o corpo não vive após a morte.

No entanto, a fusão de possíveis dois ritos funerários – cristão e pagão – pode colocar o túmulo à beira da mudança de religião, de pagã para cristã.

No futuro, os cientistas querem determinar se havia alguma relação entre a garota cristã e os três outros esqueletos, encontrados em estreita proximidade

Calendários da Páscoa e do paganismo coincidem na Alemanha

Mundo - Calendários da Páscoa e do paganismo coincidem na Alemanha

Na Alemanha as velhas tradições do paganismo não se extinguiram completamente, como o prova esta imagem recolhida num subúrbio da cidade alemã de Hamburgo. Enquanto, ao longe, um barco navega pelo rio Elba, várias pessoas observam uma das muitas fogueiras tradicionais que se acendem nesta ocasião, e cujo objetivo original era o de espantar os maus espíritos e dar as boas vindas à primavera. A tradição, vinda de tempos pré-cristãos, coincide hoje em dia com a Páscoa.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Prece da Sacerdotisa


Sou herdeira das Deusas, Rainhas e Sacerdotisas do passado
e as represento hoje aqui trazendo a magia da Lua e a força da Grande Mãe à Terra.
Nos momentos difíceis da minha vida, nos momentos em que me faltar sabedoria, acredito e tenho a ajuda das minhas antepassadas.

Que no momento que eu olhar o céu noturno eu saiba que tenho a mesma força das mulheres e homens que reinaram antes de mim e o fizeram guiados pela sabedoria da Grande Deusa.
Que eu como sacerdotisa da Grande Mãe jamais me esqueça do meu caminho e quando isto me ocorrer que sempre eu me religue ao poder da Terra Mãe e a força do Senhor da Natureza.

Que eu não tenha medo de olhar o mundo como minhas antepassadas que reinavam sem medo em suas comunidades, países e reinos.
Que eu seja sempre a sacerdotisa que acende a fogueira e conhece todos os caminhos do Grande Rito.

Que eu seja a bruxa e a feiticeira, a senhora que conhece os segredos da terra e da magia, que eu seja a Senhora da Vida, senhora do meu próprio destino e rainha de mim mesma exercendo a minha própria soberania.
Que eu jamais me permita subjugar ou controlar um ser para igualmente jamais ser subjugada e controlada.


Que eu sempre me lembre que todos os alimentos com que me nutro, as frutas , as ervas, as sementes e os vegetais, o leite e o pão, os animais que lavram a terra e os seres que voam provem do Útero da Mãe e como tal sejam sempre louvados e abençoados para que a colheita da minha vida, da minha alma seja sempre farta.
Que não haja em mim medo da morte e da mortalha e que eu saiba que sempre e sempre ressurgirei para uma nova vida, até que eu tenha toda a sabedoria e possa me deixar levar minha alma pelas mares do fluxo da Grande Mãe.
Que eu jamais tema a mim mesma, e minha face escura de senhora das mortalhas, ceifadora, rainha do caos, amante e feiticeira pois todas as Faces são uma e nisto esta a sabedoria.
Que eu jamais tema a velhice e o tempo em que o sangue sagrado cessa de ser deitado a Terra, pois após a Jovem e a Mãe, sou a Grande Sábia, a Velha Anciã, a sacerdotisa de tempos passados e nisso se conserva toda a minha juventude e sabedoria.
Por isso sou Bruxa, sacerdotisa e feiticeira.

Que assim seja...
Que assim se faça...

AUTOR DESCONHECIDO

domingo, 12 de agosto de 2012

Bruxas, Santas e Inquisidores


Em tempos passados, na época da Santa Inquisição, as bruxas ou feiticeiras eram mulheres comuns, que detinham o conhecimento do poder das ervas e das pedras. Segredos da natureza.

Eram mulheres extremamente sensitivas e intuitivas.
Somando às suas outras tarefas, que não eram poucas, tampouco facilitadas pela nossa modernidade, ainda assumiam orgulhosas, os fardos de serem as curandeiras, , parteiras e carpideiras.


Trabalhavam com a morte e o nascimento. Substituíam os médicos, praticamente inexistentes nas aldeias. Tanto do hemisfério Norte, quanto do hemisfério Sul.


Essas mulheres simples, cultuavam a Mãe Natureza (Terra), da qual retiravam o sustento do dia-a-dia. Eram elas também, que mantinham a tradição familiar, bem como eram as transmissoras do conhecimento, passado de boca a ouvido, uma vez que, naquela época, praticamente não existia a escrita

Qualquer mulher ou homem que não fosse temente ao "Deus Único" dos católicos e que insistisse nos cultos pagãos de adoração à Mãe Natureza ou que soubesse rezas para dor de dente, quebranto, mal olhado, que fosse parteira ou que cantasse a beleza do Sol nascente e a Magnitude da Lua surgindo no céu por detrás das galhadas das árvores, era considerado bruxo ou bruxa. (São Francisco, nem um pouco bruxo, canta para o Irmão Sol e a Irmã Lua!). "Como se todos os afogados não boiassem" e portanto, sem o direito de serem enterrados em Campo Santo. (como se pudesse existir um único pedaço de terra que não pertencesse à Divindade Maior!). Santa Ignorância!



Sobre a relação entre acusadas de feitiçaria e os inquisidores que conduziram seus processos, muitas vezes nos deparamos com a seguinte pergunta: de que forma os julgamentos de pessoas evidentemente inocentes dos crimes a elas atribuídos puderam produzir relatos e confissões, que não apenas lhes imputavam a culpa, mas igualmente confirmavam o imaginário (teológico e popular) a respeito da bruxaria?

Um dos argumentos constantemente utilizados para responder essa pergunta vem sendo o da tortura. Segundo esse argumento, uma vez que uma grande parte das confissões foi obtida sob tortura – e com requintes de crueldade – as acusadas confessavam qualquer coisa que as livrasse de novos suplícios, sendo que a execução – quase inevitável após a confissão – seria considerada por elas como um alívio para os seus sofrimentos.

Quais as diferenças existentes entre as visões da Virgem de Vincenza Pasini, que levaram à construção de uma monumental basílica, e aquelas de Chiara Signorini, que a enviaram para a prisão perpétua? Ambas se encaixam no protótipo da “divindade popular”, que ameaça, pune e agracia, conforme a vontade, necessidade ou súplica de sua interlocutora.

No entanto, longe de serem reconhecidamente uma devota e dedicada esposa de um velho proprietário de terras, a exemplo de Vicenza e Mestre Francesco, Chiara e seu marido são “dois camponeses malvistos, temidos pelos patrões, constantemente despedidos, que se vingam das injustiças de que são vítimas”. Sendo ambas levadas frente a Inquisição, suas condições sociais e a imagem que delas se fazia as precediam.

Não era, portanto, a qualidade ou a abrangência do fato sobrenatural que o levava a ser reinterpretado pelos inquisidores de acordo com os manuais demonológicos da época. Era, sim, a necessidade dessa reinterpretação, conforme os fatores sociais preexistentes ao fato. Qualquer bruxa que fosse levada diante os tribunais eclesiásticos já era, irremediavelmente, bruxa. Da mesma forma, qualquer santa que fosse obrigada a prestar depoimento diante desses tribunais já era, de antemão, santa. O processo inquisitorial apenas sancionava aquilo que a condição social da acusada já havia definido. 


Os ritos mágicos são perseguidos, tudo que discorda dos caprichos da Igreja é considerado pecado, mal, infernal e diabólico.

A mulher é considerada o veículo do mal na Terra.

Mas a grande Mãe, a Deusa não pode ser completamente apagada, assim transformada em santas, como Santa Brigida, ou em "Nossa Senhora" o arquétipo da Deusa, mesmo subvertido e deturpado sobrevive.

Do mesmo modo que os povos nativos europeus são subjugados e despojados de suas crenças os nativos da América são cruelmente mortos, escravizados e sua sabedoria destruída nas fogueiras da "Santa Inquisição".

Mas assim como na Europa grupos secretos, mantém de boca para ouvido a tradição de seus antepassados.

Enquanto o mundo oficial estava perdendo seu elo com a natureza e com a vida, enquanto as pessoas estavam cada vez mais sendo transformadas em massa de manobra, em produtoras e consumidoras de futilidades , secretamente alguns resistiam.

Enquanto sábias mulheres, ousados homens era mortos em fogueiras, torturados de forma cruel, em verdadeiros ritos de magia involutiva, objetivando imprimir na alma do mundo, no inconsciente coletivo, o medo à magia e as figuras estereotipadas de diabos e tolices congêneres que ainda assombram muitos, enquanto a felicidade era temida, alguns resistiam.




O mesmo que tentaram destruir quando atacaram a biblioteca de Alexandria.

O mesmo que tentaram abafar quando os povos nativos da ilha sagrada foram perseguidos e mortos pelos Romanos depois pelos Cristãos.

Quando a bandeira do Dragão foi substituída pela cruz.

Quando a Deusa foi negada.

Quando a Terra foi deixada de ser vista como um ser vivo.

Quando os espíritos das fontes, dos rios e lagos, das florestas e montanhas foram tidos por demônios.

Quando o prazer foi proibido e considerado diabólico.

Quando nos fizeram esquecer que somos deuses e deusas, estrelas brilhantes, para nos forçar a mendigar por migalhas de um todo que nos pertence.

Две половинки

Paganismo puro, que não aceita amarras.

Como cavalos selvagens a correr soltos pelos vastos territórios da existência, recusando canga e antolhos, recusando que nos atrelem a carroças onde carregaremos valores e idéias que não nos farão felizes nem plenos, apenas servos.

E só os escravos servirão.

E só é escravo aquele que voluntariamente aceita tal papel.

Pois somos estrelas e as estrelas devem brilhar.


sábado, 11 de agosto de 2012

Estônia, tida como o país menos religioso do mundo, preserva os cultos pagãos

 

Um pesquisa feita pelo Intituto Galup, de 2009, indica que os estonianos são o povo menos religioso do mundo, segundo as estatísticas. Uma comparação foi feita com Bangladesh, onde 99% dos entrevistados responderam que a religião desempenha um importante papel em suas vidas, contra os estonianos, onde apenas 16% concordaram com essa informação.

O país lembra um típico país cristão, porém uma olhada mais atenta revela que a maior parte das pessoas que frequentam as cerimônias religiosas da Igreja Luterana de Tallinn eram turistas holandeses, que dentre as 95 pessoas presentes, apenas 15 eram estonianos. Apesar da Igreja Luterana ser a maior denominação religiosa do país, ela apenas representa 13% da população. Essa falta de interesse pelas religiões cristãs surge nas escolas, onde os alunos aprendem que o Cristianismo foi imposto no país pelos invasores dinamarqueses e germânicos, além de outros fatores.

Após desintegrada da antiga União Soviética, a Estônia, ao contrário de outros países, continuou, praticamente, com o mesmo número de pessoas religiosas. Porém a falta de ligação a igrejas tradicionais não significam que eles não mantenham sua espiritualidade bem formada. A cultura pagã do país persiste bem forte, como pode ser visto em uma floresta a 300 km de Tallinn, onde um grupo de pessoas cultuam as formas da natureza.


"Somos pagãos", diz Aigar Piho. "Nosso deus é a natureza. Você deve parar, sentar e ouvir". Membro da comunidade Maasuk, um culto pagão que venera a terra e as árvores, sem rituais pré-estabelecidos. Essas tradições, enraizadas no país podem corresponder a 50% da população que se denomina espiritualista.

Porém o arqueólogo Tonno Jonuk, especialista em religião pré-histórica afirma que tais cultos são baseados em folclore do século 19 e 20, e não necessariamente anteriores ao cristianismo. Em contrapartida, o grupo Maavalla Koda, atualmente com 400 integrantes, discorda dessas afirmações, onde também afirmam que sua organização se baseia no antigo calendário rúnico.

Apesar das discordâncias, o resgate aos antigos cultos pagãos continua firme no país europeu e com perspectivas, baseadas na pesquisa, de que o número de pessoas com essa concepção aumente cada vez mais.

Arqueólogos encontram 'casa de bruxa' do século 17




Arqueólogos britânicos encontraram um gato mumificado em uma casa do século 17 durante um projeto de construção em Lancashire, no norte da Inglaterra. A casa foi descoberta perto de um reservatório no vilarejo de Barley.


Os historiadores afirmam que a casa pode ter pertencido a uma mulher acusada de bruxaria que vivia na região no século 17 e acredita-se que o gato tenha sido emparedado vivo para proteger os moradores da casa de maus espíritos. Uma companhia de fornecimento de água, a United Utilities, levou os arqueólogos para o local, um procedimento de rotina da companhia antes de fazer obras de escavação em áreas que podem ter importância arqueológica.

"É como descobrir sua pequena Pompeia. Raramente temos a oportunidade de trabalhar em algo tão bem preservado", disse Frank Giecco, arqueólogo que descobriu a casa.
"Assim que começamos a cavar, encontramos o topo das portas e sabíamos que tínhamos em mãos algo especial", acrescentou.

 

A região de Lancashire teve muitos registros da presença de mulheres acusadas de bruxaria no século 17, principalmente na área de Pendle Hill, onde a casa foi encontrada. Na época, distritos inteiros em algumas partes de Lancashire relatavam ocorrências de bruxaria, contra homens e animais, gerando uma onda de acusações contra muitas pessoas. Em 1612, 20 pessoas, entre elas 16 mulheres de várias idades, foram levadas a julgamento, a maioria delas acusada de bruxaria, em um episódio que ficou conhecido na região como o 'julgamento das bruxas de Pendle'.

'Tumba de Tutancâmon'

Frank Giecco afirmou que a construção encontrada é um "microcosmo da ascensão e queda desta área, do tempo das 'bruxas de Pendle' até a era industrial. Há camadas de história bem na sua frente".

"Não é com frequência que você encontra uma casa de contos de fada completa, incluindo o gato da bruxa", disse Carl Sanders, gerente de projeto da companhia.
"A construção está em ótimas condições, você pode andar por ela e ter um sentimento real de que está espiando o passado."

 

"Pendle Hill tem uma verdadeira aura, é difícil não ser afetado pelo lugar", afirmou Sanders.
"Mesmo antes de descobrirmos a construção, havia muitas piadas entre os funcionários sobre vassouras e gatos pretos. A descoberta realmente nos surpreendeu", disse.
"Em termos de importância, é como descobrir a tumba do (faraó egípcio) Tutancâmon", disse Simon Entwistle, especialista nas bruxas de Pendle.

"Daqui a alguns meses teremos os 400 anos dos julgamentos das bruxas de Pendle e aqui temos uma descoberta rara e incrível, bem no coração da região das bruxas."

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